Reagi ontem, a quente, aos resultados das eleições belgas. Hoje, «o terramoto seguido de tsunami», que elas constituíram, é bem conhecido: um partido flamengo de tendências independentista (mas NÃO extremista) foi o mais votado e terão agora lugar negociações mais do que rotineiras para formação de um novo governo, sem que seja possível medir as consequências, a médio prazo, de tudo o que se seguirá. Apenas outra crise entre dezenas de outras? O princípio do fim de mais um país europeu?
A reacção mais generalizada de francófonos e de francófilos (que ainda os há…) é, como sempre, anti-flamenga. Condena-se «os bárbaros» xenófobos, muitas vezes genericamente identificados como colaboradores dos nazis (como se todos os valões tivessem sido bravos resistentes…) que, por uma cruzada fanática, provocam incidentes mesquinhos em nome de uma causa absolutamente disparatada. E ignora-se (ou esquece-se facilmente) a humilhação que foi, durante séculos, a imposição de uma língua e de uma cultura a quem hoje constitui 60% da população de um país.
Se, fora do contexto histórico, é inaceitável e ridículo que hoje só se vendam terrenos perto do aeroporto que serve a capital a quem fale neerlandês, talvez valha a pena olhar para o mapa e ver que Bruxelas está localizada na Flandres e saber-se que, há pouco mais de dois séculos, era quase totalmente «neerlandófona». Só a partir da independência da Bélgica, em 1830, o francês se foi impondo até se tornar língua única, a nível oficial – nos tribunais, na administração pública, no exército, na cultura, nos meios de comunicação social e, mais importante, nas escolas. Bruxelas foi crescendo e o francês foi alargando a sua área de influência, até hoje – como uma «mancha de azeite».
Depois de longo período em que, supostamente, a nível nacional, todos os cidadãos deviam falar as duas línguas, (tentativa que falhou porque os flamengos aprendiam francês mas os valões se recusavam a fazer o inverso), o domínio do francês só foi estancado a partir dos anos 60, com a força imposta pelo progresso económico da Flandres e a correspondente decadência da Valónia. Começaram aí os conflitos – e ao início deles assisti eu, estudante francófona em terra flamenga - e veio a decisão de estabelecer uma fronteira linguística a nível nacional e de decretar o bilinguismo para Bruxelas, decisão essa que foi concretizada em 1963.
Um post é um post e não se quer muito longo, embora muitas coisas tenham ficado por dizer.
Só mais isto: por muito que nos custe, Jacques Brel foi um dos arautos para a humilhação dos flamengos, com a canção Les Flamandes, de 1959, em pleno início de gravíssimos confrontos entre as duas comunidades. Já contei, mas repito: ouvi-a, ao vivo e bem a cores, alguns anos depois de ser lançada, no cineteatro de Lovaina (terra de flamengos…), onde Brel insistiu em cantá-la apesar de todas as ameaças. À saída, esperava-o uma enorme manifestação que acabou com bastonadas da polícia e muitas montras partidas à pedrada.
Muito mais tarde, em 1977, poucos meses antes de morrer, voltou ao tema, agora com uma terrível agressividade, em «Les Falmingants».
Passaram-se, entretanto, algumas décadas. Ontem, pela primeira vez, um partido pró-independência da Flandres (repito: não o extremista) foi o mais votado. Alguma estranheza?
P.S.1 - É verdade que muitas das razões para a vitória nas eleições de ontem se devem ao «egoísmo» dos mais ricos que não querem continuar a suportar as despesas de todos - há várias pequenas Alemanhas por essa Europa fora, como é óbvio. Mas isso seria tema para uma outra conversa.
P.S. 2 - Este post é, em parte, uma espécie de comentário ao que João Tunes publicou aqui e aqui.
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28 comments:
estevesO europeismo sempre foi algo muito estranho e complexo.
Deste bocadinho da europa (Belgica) já compreendi umas coisas que não sabia, apenas desconfiava. Mas deve haver muito mais.
Parece que vão aportuguesar o nome das ruas em Olivença. Será? como não é europa ninguem se preocupa muito.
Vamos ver se lá ainda nasce algum kosovo!
O caso da Bélgica é, de facto, muito complexo e só recuando muito se pode entender o que, de fora, parece absurdo ou pura «maldade».
De acordo, camarada Joana, com tudo o que dizes sobre as humilhações e a subalternidade historicamente infligidas aos flamengos - atenção: os flamengos, não são os "flamingants". Até podias ter acrescentado que, na Primeira Grande Guerra, os camponeses flamengos mobilizados morriam sob o comando de oficiais cujo francês não compreendiam, etc. etc.
Et pourtant. Nada de tudo isso, que é muito, JUSTIFICA politicamente a ideologia e a prática do nacionalismo flamengo: o seu ódio ao francês, por exemplo, atinge extremos demenciais, e já estivemos mais longe de ver o seu uso multado em certas cidades e comunas flamengas. O seu racismo e a sua xenofobia são desmesurados. O seu egoísmo nacional e a sanha que põem no desmantelamento dos direitos sociais e da igualdade dos francófonos desafia a descrição. Têm justificados motivos de agravo, mas as exigências que fazem a partir desses motivos são injustificáveis. Também os naziz invocavam reais injustiças decorrentes do Tratado de Versailles. E nem por isso tinham razão. Como não teria quem - exacerbando a lógica nacionalista anti-Wallonie dos flamingants e aplicando-a ao pós-guerra - tivesse justificado represálias sobre os alemães tratando-os como nazis.
Quanto ao Brel, seria preciso ver que ele sempre assumiu as suas origens flamengas, e até as invocou mais do que uma vez como "autorizando-o" a dizer o que dizia do nacionalismo ou nacional-catolicismo flamengo.
Mas obrigado pela canção!
miguel
Miguel,
Há mais de 6 milhões de flamengos. O que dizes no segundo parágrafo do teu comentário aplica-se certamente a uma parte deles (que não sei quantificar), mas não é generalizável como o fazes. O partido flamengo verdadeiramente xenófobo teve menor percentagem de votos nestas eleições do que nas anteriores. Confundir flamengos com flamingantes é um erro.
E, quanto a xenofobia, ela existia – e bem forte – dos valões em relação aos flamengos, quando o jogo de forças era o oposto do que é hoje.
Com tudo isto quero apenas sublinhar que o «filme» belga é muito complexo e que não pode ser visto a preto e branco. E não, de modo algum, elogiar extremismos nacionalistas, como é óbvio.
Joana,
nunca duvidei que assim fosse. E eu próprio chamei a atenção para a necessidade de não confundir os nacionalistas "flamingants" com a população flamenga. A única eventual discordância é que creio demasiado optimista a tua ideia segundo a qual os tipos que ganharam as eleições são mais do que a máscara ou frente ampla dos extremistas. Além de que penso que, de qualquer modo, a reivindicação de "independências nacionais" no interior da Europa, pelo menos, é particularmente reaccionária e representa a negação grosseira de qualquer perspectiva de democratização do(s) regime(s) europeu(s). E disto não me parece, à partida, que discordes… Engano-me muito?
Muito sinceramente, Miguel, não sei responder à tua pergunta. Ou seja, não tenho opinião definida sobre o carácter necessariamente reaccionário de qualquer possível independência na Europa.
PS3: A "egoísta" Alemanha fez, no entanto, e se a memória não me falha, a maior transferência de riqueza dos mais ricos para todos da história da Europa do Séc.XX, quando se reunificou com República "Democrática" Alemã, que o comunismo deixou na miséria.
Quanto ao teu PS3: claro, Manel, que estava a pensar nas «acusações» actuais.
Mas, quando se deu a reunificação das Alemanhas, havia outros factores muito específicos em jogo - onde o «poder» não era certamente o menor. Não se tratou de pura filantropia...
Boa Noite..alta: Comentei no Vias o significado da vitória do N-Va. E como vivo e sinto as coisas,com os livros de história e de ideologia abertos, achei muito interesse no despoletar do exemplo da Alemanha pela pena do MV. Pires. Não se trata de uma " conspiração " histórica da Alemanha, mas sim, de um diktat interiorizado pelo capitalismo germânico- que controla as economias do Norte e Leste da Europa...-para avançar ...descolando da maioria dos 27 membros da UE.Gostei desta coincidência de pontos de vista, mesmo no seu estádio iniciático. Niet
Joana,
essas humilhações são reais, históricas, e compreende-se a reacção que geram.
Mas, em política, o ressentimento é mau conselheiro. E os sentimentos (e valores) a que o separatismo flamengo apela não são simpáticos.
Dito isto, não acho que se deva obrigar a viver juntos povos que querem viver separados, e parece-me que a situação será irreversível a prazo.
Mas a vitória do separatismo flamengo é a derrota da solidariedade entre os povos, do universalismo, e de outros valores que me são caros.
Estou de acordo com tudo o que diz, Ricardo, e nem sei se a Flandres se separará ou não. Mas a coabitação na Bélgica tem sido tão péssima que, tal como nas famílias, pode ser que o divórcio seja a melhor solução.
Gostaria de subscrever o que diz o Ricardo, desfazendo um possível equívoco. Se a Flandres quiser separar, separe-se. O meu ponto é que se a Europa existisse como federação efectiva, tornando, no seu espaço, as soberanias nacionais coisas do passado, a Flandres não poderia separar-se sem se separar da federação.
Também acho interessante o comentário do Manuel, embora tire dele conclusões que não sei se ele aprovará. A integração política da Alemanha reunificada seria um modelo que a ser seguido, em tempo útil, e mutatis mutandis, pela UE, significaria um passo em frente e um progresso que melhoraria as condições de uma democratização efectiva e da afirmação de uma cidadania europeia. Tornaria mais fácil responsabilizar eleitoralmente os governantes (é pouco, eu sei, mas é já alguma coisa), daria lugar a partidos europeus, sindicatos europeus, movimentos de cidadãos europeus, homogeneização europeia social e económica efectiva. E tudo isso - que está longe de equivaler à aprovação, adesão ou resignação ao tipo de regime instituído nos diferentes países ou à sua adopção à escala da UE - tornaria mais fácil lutar pela democratização das instituições, tanto à escala europeia como a nível global, permitindo à Europa desempenhar um papel diferente e mais forte à escala global. Diga-se, por fim, de passagem, que seria também uma maneira de impedir a exploração nacionalista da insatisfação, descontentamento ou revolta das regiões que se sentem subalternizadas. Por exemplo, no caso da Península Ibérica, as reivindicações de autonomia, etc. deixariam mais facilmente de cristalizar em nacionalismos rivais da "soberania de Castela", para se expressarem em termos federalistas e num contexto federal que tornaria o nacionalismo obsoleto, sem ignorar os problemas reais que estiveram na sua origem.
msp
Miguel Serras Pereira,
o projecto da Flandres é justamente separar-se mantendo-se na UE. Nem concebem outra coisa.
Quanto ao «modelo alemão» para uma hipotética federação europeia, são os próprios alemães que nunca o aceitarão. Porque preferem uma UE dominada, como acontece actualmente, pelo Directório, ou seja, pela própria Alemanha.
Claro, Ricardo. Mas, se a UE existisse um pouco mais efectivamente, a Flandres nada ganharia com o "negócio", pois teria de contribuir para a integração socia e económica federal unificada…
Quanto à Alemanha, não poderia estar mais de acordo contigo. É justamente contra essa orientação dos governos alemães que qualquer construção europeia que valha minimamente a pena terá de lutar. Nem todos os alemães são a Frau Merkel, e não podemos excluir à partida a possibilidade de uma viragem. O meu exemplo, roubado ao Manuel, servia apenas para mostrar que, se a unificação tem um preço económico elevado, é uma solução que compensa: sem a reunificação, a Alemanha não teria a força que tem hoje - excessiva e exercida com a arrogância que se sabe pelos seus governos, e que uma federação mais avançada travaria.
Acresce que, ainda que feita no quadro da hegemonia das forças partidárias actualmente dominantes, o avanço político de uma Europa acima das "soberanias nacionais", seria mais propícia a transformações democráticas.
Joana,
Não foi por filantropia que as Alemanhas se fundiram, nem por jogo de poder, mas para reunificar o que nunca devia ter sido separado. As contas que se fazem num caso destes são diferentes, claro. Mas os custos tiveram de ser pagos, e os alemães não podem deixar de ter isso em conta quando lhes pedem para pagar outros custos que não são de irmãos, mas de familiares afastados... é que todos os peditórios lhes vão bater à porta e, mal hesitam, levam logo o carimbo de sovinas! Eu, pessoalmente, numa circunstância dessas não dou nem uma moeda...
Acho engraçado aplicar num caso destes o conceito de divórcio, e extremamente apropriado. Até nas resistências dos que são contra o divórcio, que normalmente acabam por apresentar uma flexibilidade notável ao acharem que o divórcio é sempre mau mas até há bons divórcios (o país Basco?)...
Mais tarde falo um bocadinho de federalismo...
Manel,
De acordo: os alemães deram «para irmãos» na reunificação. Os flamengos talvez não queiram dar mais, também para irmãos, mas desavindos - como acontece até nas melhores famílias...
nao faco ideia de quem escreve mas parece-me que estas analises sao muito patuscas - do tipo eu sei ou vou-vos dizer como é
parece-me extremamente importante os flamegos votarem sem tradiçao - isto é massivamente numa pessoa hoje - supostamente num salvador - e amanha noutra porque obviamente o salvador naosalvou! ( e nao foi a primeira vez que aconteceu!)
um dia tem um hitler que se fodem. ( nao esqueçamos que o vlams block - partido assumido como fascista - anda à volta dos 15 % e ja teve sitios onde obteve 25%)
essas tretas de insistirem em que os flamengos foram para a guerra com oficiais que lhe falavam em frances tdeveria ser muito relativisada. Se ouviram falar em frances era que a elite flamenga falava frances. Ainda hoje - muitas familias - antuerpia, gand etc... reenvidicam serem de lingua francesa.
também num destes comentarios li que eles nao sao solidarios - nao querem trasferir dinheiro para a valonia - lembro que a corrente se està actualmente a invertir - o desemprego aumenta bastante mais na flandres que na valonia - seria bom lembrar que muitas coisas sao ciclicas e provavelmente a economia serà uma delas.
agora estao a dizer que a NVA é um partido respeitavel? o que sabem do programa politico deles para alem de quererem a independencia da flandres? Se nao é o vlams block , està là muito perto , no que respeita à economia sao um copier/coller das ixegencias do patronato!
Saude para todos!
Miguel,
Fico admirada com a confiança que depositas no federalismo europeu(embora com as reservas que pões). Não que eu seja contra ele, mas creio que nunca esteve tão longe. E creio que a Europa faz cada vez mais parte do problema, e não da solução, para o que aí está e o que aí vem neste mundo.
Para todos e lateralmente: se a Bélgica vier / viesse a dividir-se em dois países, a Valónia ficaria com o rei e a Flandres seria uma república. Vai uma aposta?
Joana,
sou pessimista como tu, mas nem por isso deixo de dizer o que me parece que seria mais racional.
Quanto à monarquia/república e à questão belga, talvez tenhas razão - o que seria mais uma ironia da história, pois no pós-guerra, foi o voto maciço da Flandres, recomendado pelos púlpitos, que salvou a Coroa, contra uma Valónia maioritariamente anti-fascista e laicizante, "vermelha". Fica um gosto amargo, apesar de tudo, se for agora o feudo histórico de um Partido Socialista, ainda que há muito tenha deixado de o ser, a perpetuar a monarquia como regime francófono.
Joana,
Só mais uma pequeníssima precisão, os flamengos e os valões não são irmãos, são um casal obrigado a co-habitar. As contas separadas são de bom tom.
Os alemães eram irmãos (nalguns casos eram mesmo irmãos) separados pelo comunismo, e imagino que para muitos a reunificação era o sonho de uma vida. Na altura tinha alguns contactos com alemães na IBM, e percebia-se que lhes era difícil evitar a voz tremida e as lágrimas quando falavam sobre o assunto.
Sobre o federalismo:
Na altura da integração europeia era bastante euro-céptico, talvez mais por mau feitio do que por exercício de análise cuidadosa.
Depois foi inegável que Portugal deu um pulo fenomenal, diga-se o que se disser, faça-se o balanço que se fizer, e só os fascistas e os comunistas mais autistas é que não reconhecem isto.
Com o Euro, veio o disciplina que bem falta fazia, e que bem benéfica foi para os portugueses, porque as baldas dos Governos pagavam-se com desvalorizações que empobreciam todos os portugueses sem apelo nem agravo (e com anestesia, porque não se dava logo por ela), enquanto o Euro lhes passou a dar a justa visibilidade que os cidadãos merecem.
Isto tudo apesar de a UE ter sido construída de acordo com um modelo irremediavelmente (mas não irreversivelmente) errado, uma vez que foi construída pelos políticos como uma Europa de governos, ou uma Europa de países, e não uma Europa de cidadãos.
O pré-conflito do Iraque demonstrou uma coisa: a Europa não pesa nada no mundo. Não tem um Governo que represente os europeus, não tem forças armadas, não tem poder.
E como a Europa deve ter alguma palavra a dizer ao mundo, porque apesar de tudo é um espaço onde impera alguma decência, passei a ser federalista.
E uma organização política europeia do tipo da americana não me parece impossível nem disparatada.
Isto para chegar aqui: na Europa actual, o poder está TODO nos Governos nacionais, e questões como o separatismo são tratadas como questões de vida ou morte; numa Europa federal, em que o poder estaria essencialmente no Governo Europeu, questões como o separatismo teriam tanta importância como em Portugal a criação de um Concelho... o Presidente da Câmara que cede território pode amuar, mas os cidadãos estão-se nas tintas e o processo é completamente pacífico.
Mas, hélas, tu tens razão... o federalismo europeu nunca pareceu tão longe como parece hoje em dia...
Manel, assino por baixo de tudo o que escreveste sobre a Europa.
Aqui há cerca de vinte anos, quando a UE era outro animal e o seu futuro bem mais risonho, havia no UK quem defendesse a evolução da Escócia e País de Gales para uma independência no seio da UE.
Solução que poderia funcionar igualmente para a Bélgica, Espanha, e que até a nós podia dar jeito, uma forma airosa nos livrarmos do Alberto João.
Só que a História seguiu outro rumo.
...excepto, "I hope", a parte do mau feitio...
;-)
A Flandres até se pode separar, e causar o fim da Bélgica, mas já foi avisada que não levará Bruxelas, uma cidade maioritariamente francófona...
Pensa-se que não o farão pois, a curto prazo, nem flamengos nem valões terão vantagens nisso.
Augusto, correrão ainda muitas águas antes que aconteça, ou não, uma separação.
Mas, quanto a Bruxelas, QUEM avisou quem? É que, ainda ontem, li algures o contrário: Bruxelas é na Flandres, flamenga será.
Eu acho inimaginável que se considere este "post" uma "lamentável batotice", mas há quem o faça, naquilo que se parece ter transformado no cantinho do insulto...
Não, Manel, eu percebi o que o João Tunes quis dizer. Já nos «entendemos».
Eu também entendo a linguagem do insulto.
(e, remetendo para uma velha discussão) É uma das coisas que mantém a esquerda prisioneira numa trincheira onde se acantonou para nunca mais sair.
E, como dizia o Prof. Higgins ao Col. Pickering, não é a origem social que mantém um inglês no esgoto, mas a sua linguagem...
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