O que me preocupa é que há quase 200 países no mundo, nem sonho quantos ainda se lembrarão de proibir burqas e niqabs e os teclados de uns tantos bloggers da nossa praça nunca mais terão sossego.
Há cerca de um ano, deu-se o mesmo fenómeno, exactamente com os mesmos argumentos (inevitável como o destino…) e pelos mesmos motivos: a questão, agora decidida, estava a ser discutida em França. Falta de assunto? Coisas da silly season, talvez.
P.S. – E para que não venham (pelas alminhas…) perguntar qual a minha posição, remeto para um post de 20/6/2009, que posso resumir nesta opinião que não foi entretanto alterada:
«Mas não deixa por isso de ser verdade que se trata de um fenómeno que, embora marginal, traz consigo a marca de um fundamentalismo do qual as mulheres continuam a ser as principais vítimas e que fazê-las quebrar esse cerco é certamente um dever das sociedades que as acolhem.»
«Mas não deixa por isso de ser verdade que se trata de um fenómeno que, embora marginal, traz consigo a marca de um fundamentalismo do qual as mulheres continuam a ser as principais vítimas e que fazê-las quebrar esse cerco é certamente um dever das sociedades que as acolhem.»
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1 comments:
Só perca por tardia a entrada em vigor em Espanha da lei que proíbe o uso de véu integral como é o caso da burca. Custa a acreditar que todas essas mulheres escolheram livremente estes adereços, sujeitando-se a uma vergonhosa segregação social, a uma indigna submissão, a uma falta de adaptação pela cultura e desrespeito pela normas de segurança dos países de acolhimento. Como quer fazer crer a esquerda europeia, acenando hipocritamente com a bandeira da liberdade individual, isto não é um conflito entre o ocidente e o islão. O problema não está no traje mas naquilo que representa - a interpretação fundamentalista da Lei Islâmica onde não existe separação entre a religião e o direito. Só uma lição civilizacional de gerações mais novas que coloque a mulher num patamar idêntico ao do homem pode mudar mentes medievais.
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