22.8.10

Movimentos sociais e burocratização


O colectivo do Passa Palavra publicou hoje um longo e importante documento que assim resume: «Os movimentos sociais devem ser defendidos, e a melhor forma é impedir o avanço da burocratização. O grande desafio é a generalização das relações solidárias e colectivas estabelecidas directamente na base dos movimentos sociais.»

Que sindicatos e partidos, «com a sua estrutura hierárquica e autoritária», são «propícios à formação de burocracias e opostos à emancipação», parece não oferecer grandes dúvidas. E que, por isso mesmo, há muito quem considere que «o balanço histórico, ainda que sem um veredicto final, tem contabilizado mais fracassos do que sucessos na tentativa dessas organizações se tornarem instrumentos insubstituíveis da luta anticapitalista», também é indiscutível.

Destas possíveis «derrotas», nasceram os movimentos sociais, de larga tradição na América Latina, nomeadamente no Brasil. É deles que este texto trata – das suas características, limitações e vicissitudes. Merece uma leitura mais do que atenta e um amplo debate na respectiva Caixa de Comentários. (É esse o desejo dos autores, que o exprimiram em mails particulares a alguns amigos.)

Conseguirão esses movimentos sociais evitar a burocratização, pela aplicação dos princípios enunciados no fim do estudo em questão? Seria certamente encontrar a resposta a one million dollar question
...
...

0 comments: