Um cardeal romano inventou mais uma questão semi-fracturante na ICAR, ao considerar que as crianças devem passar a ter acesso à primeira comunhão antes dos sete anos, considerada até agora «a idade da razão».
Diz ele que a dita idade da razão chega hoje mais cedo, e eu admito que sim, e o tema não teria qualquer interesse a não ser para os implicados, não fosse a mentalidade que os extractos divulgados do texto do cardeal Cañizares revelam.
Ignoro as considerações que faz sobre a evolução da questão ao longo da história e nem discuto, obviamente, se esperar pelos sete anos é privar alguém «de uma dádiva de Deus» ou se está em causa a força necessária «para viver com felicidade e com esperança» - quem tem fé acredita certamente que sim.
Mas quando leio que «as crianças vivem imersas em mil dificuldades, rodeadas por um ambiente que não as encoraja a ser o que Deus quer que elas sejam», não posso deixar de me perguntar que espécie de Deus draconiano é que esta gente tem na cabeça, que tem desejos e exigências concretas para seres de quatro, cinco ou seis anos. Certamente que não vejam muitos desenhos animados, arrumem os carrinhos e não façam xixi na cama. Com a primeira comunhão mais cedo, tudo isto correrá certamente muito melhor. E Deus ficará feliz.
(Fonte)
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