26.9.10

Bruxelas, Setembro 29 - alguma saída à vista?


Na próxima 4ª feira, dia 29, a Confederação Europeia de Sindicatos (CES) organiza um protesto em Bruxelas («Não à Austeridade»), onde são esperados mais de 100 mil sindicalistas europeus. Em vários países, Portugal incluído, estão também previstas acções de luta própria. Em Espanha, está convocada uma greve geral - para alguns, «a mais necessária desde que há democracia».

No mesmo dia tem lugar, também em Bruxelas, uma reunião dos ministros das finanças europeus, durante a qual, sabe-se agora, Durão Barroso deverá «propor que os países membros da Zona Euro com desequilíbrios orçamentais importantes passem a depositar dinheiro em depósitos bancários que só será devolvido se a situação for corrigida rapidamente». «O projecto (…) prevê um sistema de sanções que estipula, por exemplo, que um Estado-membro deve abrir um depósito bancário com um montante equivalente a 0,2 por cento do seu Produto Interno Bruto (PIB), se o crescimento da sua despesa pública for muito superior ao do da sua economia». «Se o défice orçamental ultrapassar o limite máximo autorizado de 3,0 por cento do PIB, o país em causa deixaria de receber os juros associados ao depósito e poderia mesmo perder o montante depositado.» Etc., etc., etc.

No estado actual das coisas, as medidas agora pré-anunciadas só poderão agravar a «Austeridade» que se pretende ver diminuída e contra a qual se protesta.

Bruxelas não muda de agulhagem, pretende vencer sem sequer tentar convencer. Isto não vai acabar nada bem.
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