E assim saí da Dalmácia e do Adriático, Adriático e mais Adriático que não deixei durante três dias – e que mais fossem, porque aquele azul não se parece com nenhum outro.
Para além de Dunbrovnik, Split, uma incursão de dez quilómetros na Bósnia e passagem por mais duas pequenas cidades. Vestígios de romanos, gregos, venezianos, austríacos e muitos mais, camadas de História, no sentido estrito da palavra, visíveis em reconstruções após sucessivos arrasamentos, nesta estranha Croácia tão antiga e tão recente, de passado difícil de apreender apesar de tudo o que é conhecido, ainda mais enigmática quanto ao futuro próximo que a espera. Receosa de não entrar, ou de entrar…, na União Europeia (provavelmente em 2011), com os olhos postos no turismo como a esperança para superar todas as limitações, ainda sem imigrantes, nem McDonalds, muito menos com lojas de chineses.
Os dias são longos e as noites são portanto curtas e não chegam para grandes descrições. Apenas o sentimento de ter vindo a Roma sem ver o papa: não vislumbrei nem um simpático canídeo dálmata de sua raça…
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2 comments:
"Parce mihi, Domine, quia Dalmata sum" :-), mas posso apenas corroborar: aquele azul não se compara com nenhum outro.
Parabéns pelas excelentes fotografias.
Logo os Dálmatas vivem; e no seio,
Onde Antenor já muros levantou,
A soberba Veneza está no meio
Das águas, que tão baixa começou.
Da terra um braço vem ao mar, que cheio
De esforço, nações várias sujeitou,
Braço forte, de gente sublimada,
Não menos nos engenhos, que na espada.
Lusíadas, III, 14
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