Pouco depois de se saber que foi atribuído o prémio Nobel da Medicina a Robert G. Edwards, pelas suas pesquisas sobre a fertilização in vitro, o presidente da Academia Pontifícia para a Vida, Ignacio Carrasco de Paula, manifestou-se «perplexo» e exprimiu-o em afirmações deste calibre:
«Sem Edwards, não haveria o mercado de óvulos, freezers cheios de embriões à espera de transferência para um útero, ou mais provavelmente para serem usados em pesquisas ou morrer abandonados e esquecido por todos».
Ou ainda: «Edwards abriu uma casa, mas abriu a porta errada a partir do momento em que se centrou na fertilização in vitro e concordou de forma implícita em recorrer a doações e compra e venda que envolvem seres humanos.»
A obstinação em condenar tudo o que divirja da rigidez inabalável das posições oficiais do Vaticano já nem surpreende, mas é absolutamente chocante a insensibilidade com que é tratado o mérito de uma técnica que ajudou a pôr neste mundo mais de 4.000.000 bebés desejados – porque é de VIDA que se trata! Tal como é odiosa a insinuação de «concordância implícita» no tráfico de seres humanos.
Nada a fazer e nada a esperar, portanto.
(Fonte)
P.S. - Comentário de Manuel Vilarinho Pires no Facebook: «O Vaticano trata o sexo como um jogo de roleta russa: para se fazer sem camisa, engravidando se calhar (ou se Deus quiser..), e apanhando SIDA se calhar. E parece lamentar que alguém fure as regras deste jogo, usando camisa para prevenir a ...SIDA, abortando quando não queria engravidar, ou engravidando com ajuda quando sem ajuda não o consegue.»
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