22.10.10

Importa-se de repetir, Francisco Lopes?


«Manuel Alegre dará um melhor Presidente que Cavaco Silva?
Pode haver estilos diferentes, palavras diferentes, mas em aspectos essenciais o percurso de um e de outro coincidem.»

Goste-se ou não de Manuel Alegre, concorde-se ou não com a sua candidatura, é preciso ter lata e ser muito (nem sei que adjectivo escolher…) para fazer uma afirmação como esta.

E já que a asneira parece livre, eu também não vejo diferenças essenciais entre a candidatura de Francisco Lopes e a de Manuel João Vieira. Afinal, ambos querem servir o país!
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4 comments:

Anónimo disse...

Realmente, o camarada está redondamente enganado. Eles são diferentes, um é poeta, o outro economista.

Manuel Vilarinho Pires disse...

Joana,
Agora sou eu que digo: "Goste-se ou não de Manuel João Vieira, concorde-se ou não com a sua candidatura, é preciso ter lata e ser muito (nem sei que adjectivo escolher…) para fazer uma afirmação como esta."!
A candidatura a PR é, por natureza, individual, coisa que a do Manuel João Vieira é certamente, e a do Francisco Lopes preverte completamente.

Joana Lopes disse...

Isso são minudências, Manel..

Manuel Vilarinho Pires disse...

São, e não são...
O maior problema estrutural da nossa democracia, já estás farta de me ouvir dizer, é a sua captura pelos partidos, que conseguiram conquistar aos eleitores o poder, que devia ser sempre destes.
A medida mais emblemática e mais substancial para devolver o poder aos eleitores seria a eleição dos deputados à AR através de círculos uninominais.
Outra seria a criminalização dos contratos formais ou informais de transferência de soberania entre os eleitos e os seus partidos, que dá corpo àquilo que se designa por disciplina partidária, em que os eleitos são uma autêntica barriga de aluguer dos votos dos eleitores.
Segundo consta, o PCP submete permanentemente os seus candidatos a este tipo de contrato.
À luz do que acabo de dizer, dá para perceber que ter um PR a desempenhar o seu papel em nome individual ou em representação de um partido não são, para mim, coisas nada semelhantes, são, pelo contrário, radicalmente diferentes, uma dando corpo à democracia, outra, prevertendo-a, tanto mais quanto a preversão venha de quem tem antecedentes preversos...
Se a forma do meu comentário foi de brincadeira, o conteúdo foi muito a sério.