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É já amanhã que tem lugar, em Lisboa, o lançamento deste livro de Luís Salgado Matos, com prefácio de José Vera Jardim – um pesado volume, com mais de 700 páginas, que já comecei a ler e que me ocupará ainda durante muito tempo (*).
Um «elogio» para além de muitos outros? A crítica relativamente negativa de João César das Neves, no DN de hoje…
«O livro de Salgado de Matos […] abre interpretações refrescantes e sugestivas pistas de investigação, sempre bem fundamentadas. Apesar disso, o autor foi longe demais na originalidade das conclusões. É evidente, como todos confirmam, que a realidade do processo não é unívoca. Apesar disso é forçado negar o propósito explícito de acabar com a religião ou dizer que "os republicanos sempre quiseram o acordo com a Igreja" (Matos 33).
Muitas das supostas contradições detectadas nascem da incompreensão das razões do Vaticano e episcopado. Também fica difícil aceitar a recusa do intuito persecutório: "A relação entre o Estado separatista e a Igreja Católica é combate, antes de ser perseguição" (675). Considerando a origem, acinte e gratuitidade das agressões e disparidade de forças nos dois lados, temos de aceitar a classificação tradicional, mesmo tomando em conta a engenhosa mas forçada distinção de época: "Houve perseguição segundo os critérios posteriores a 1945 mas não segundo os padrões então vigentes" (673). Há limites para o relativismo histórico.»
(*) No Porto, lançamento no dia 20 de Abril, 18:30, Palácio da Bolsa, apresentação por D. Manuel Clemente.
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