12.6.11

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As notícias sobre as «acampadas» estão agora um pouco por toda a parte e não me detenho nelas, apesar de o dia de ontem ter sido especialmente turbulento em Espanha.

Mas regresso, sim, a uma intervenção de Eduardo Galeano, agora legendada em português, pelo significado profundo da sua atitude. Se eu «mandasse» (…), obrigava certos políticos em período de reflexão a verem e ouvirem este vídeo – duas ou três vezes, no mínimo…



«Pode-se “ganhar ou perder”, na vida e isso importa pouco em relação a outro mundo que nos aguarda.» Este mundo é infame, mas há um outro à espera, que é diferente e de «parto complicado».

«Alguém pergunta: “E depois? O que vai acontecer?” Não me importa muito o que vai acontecer, mas o que está a acontecer.»

«Os jovens não votam porque não acreditam na democracia que lhes oferecem.»

«Para que merda viver, se não acredito em algo melhor do que isto?»
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4 comments:

Fada do bosque disse...

Pois e ainda bem, que o mundo ainda não está repleto de ignorantes... ainda há quem diga umas Verdades, como o prof. Michael Hudson nesteisto, depois de ter lido este artigo, de onde retirei estes excertos:
(...)No fim as dívidas não podem ser pagas. Para os administradores da alta finança o problema é como adiar incumprimentos por tanto tempo quanto possível – e então salvarem-se, deixando governos ("contribuintes") a segurar o saco, assumindo as obrigações de devedores insolventes (tais como a AIG nos Estados Unidos). Mas para fazer isso em face da oposição popular é necessário suprimir a política democrática. Assim o desinvestimento pelos que eram antes perdedores financeiros exige que a política económica seja retirada das mãos de corpos governamentais eleitos e transferida para as dos planeadores financeiros. É assim que a oligarquia financeira substitui a democracia. (...)
(...)No fim, países democráticos não estão desejosos de entregar a autoridade do planeamento político a uma oligarquia financeira emergente.
Não há dúvida de que países pós-soviéticos estão a observar, bem como os latino-americanos, africanos e outros devedores soberanos cujo crescimento tem sido atrofiado pelos programas de austeridade predatórios impostos pelo FMI, Banco Mundial, neoliberais da UE e BCE nas últimas décadas. Todos nós deveríamos desejar que a era pós Bretton Woods esteja ultrapassada. Mas não estará até que a população grega siga a da Islândia dizendo não – e a da Irlanda finalmente acorde.

momo disse...

lindo... me lo llevo amiga

Fada do bosque disse...

Ups... houve aí uma grande falha no português ao colocar os links no blogger... as minhas desculpas.

mitro disse...

Fabuloso este post! Obrigado!