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Acaba de ser divulgado um Manifesto - Contra a escalada neoliberal : por uma nova agenda sindical -, subscrito por 60 sindicalistas, activistas dos movimentos do precariado, investigadores sociais e académicos ligados ao mundo do trabalho, e que constitui também o suporte de um Seminário Internacional que se realizará no próximo dia 18 de Junho, no Auditório do Instituto Alemão (Goethe Institut), em Lisboa.
«Na última década, no quadro das novas condições da globalização, o capital multinacional e os governos neoliberais desencadearam uma nova fase de liberalização, de privatizações, de ataques sistemáticos ao Estado Social e aos direitos dos cidadãos e dos trabalhadores. Na Europa, boa parte das medidas anti-sociais e anti-laborais foi justificada em nome dos critérios de convergência para a moeda única e em nome da defesa da estabilidade financeira da zona euro.
A crise financeira global que emergiu em 2007-2008, em vez de constituir uma oportunidade para os governos e instâncias supranacionais repensarem os tremendos riscos sociais e políticos do liberalismo de mercado, introduzindo mecanismos de regulação e reorientação das políticas económicas, teve um resultado bem diferente. Com efeito, os Estados acorreram a salvar os sistemas financeiros, injectando somas colossais, sem lhes fazer exigências ou introduzir penalizações. Não impondo a regulação que se impunha, colocaram-se à mercê dos mercados financeiros, da sua voracidade e das suas condições de financiamento, que penalizam dramaticamente os países em situação mais frágil.
As instâncias da União Europeia tremeram pelo Euro e sucumbiram à chantagem fazendo suas as condições das instituições financeiras. As regras da zona Euro quanto ao controlo do défice e da divida têm vindo a constituir o pretexto para propostas de políticas que visam cumprir integralmente a agenda neoliberal, salvaguardando os interesses dos ricos e poderosos e penalizando brutalmente os trabalhadores e demais cidadãos. No quadro da escalada da crise, em 2010, a UE reforçou os constrangimentos e pressões sobre os estados membros, processo que se acentuou recentemente com a cimeira do Conselho Europeu de 24 e 25 Março.»
Mais informações aqui.
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1 comments:
«A reflexão impõe-se para uma acção esclarecida e coordenada a nível nacional e europeu. E certamente também no plano internacional.»
Resume-se a isto aquilo que deveria ser a análise fundamental deste manifesto: a necessidade de uma acção conjunta e coordenada a nível europeu dos trabalhadores. Sem isso será de derrota em derrota.
Desde que no século XIX foi criada a Associação Internacional dos Trabalhadores temos vindo a «andar de cavalo para burro». Sindicalismo provinciano e nacional numa época de capitalismo global. Hoje os «internacionalistas» assumidos são os capitalsitas!!!
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