21.8.11

Policarpo laranja


A CGTP e a UGT reagiram a declarações feitas ontem por José Policarpo, em Madrid, a propósito da situação portuguesa. O cardeal disse exactamente o seguinte - e eu ouvi (aqui, a partir do minuto 33):

«Está a fazer-me muita confusão ver, neste anúncio das medidas difíceis que até nos foram impostas por quem nos emprestou dinheiro, grupos que estão a fazer reivindicações grupais, de classe. Não gosto, não gosto.»

Perfeitamente sintonizado com o discurso de Passos Coelho no Pontal, cá por mim, assim que aterrar em Lisboa, pode dirigir-se à S. Caetano à Lapa, preencher a ficha, benzer as instalações e arranjar por lá um gabinete. Nada contra, antes pelo contrário. E será certamente muito bem recebido.

P.S. - Declarações ainda mais completas na notícia da Agência Ecclesia, que até refere, explicitamente, os sindicatos.

Adenda - Quem tiver conta no Facebook, e tiver acesso ao meu mural, não perderá se der uma vista de olhos aos comentários a este post (40, à hora a que escrevo, 19:00).
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3 comments:

Amélia disse...

O homem, levou um valente raspanete do papa recentemente e deve querer redimir-se...est´«a na altura de olhe darem a reforma a que já tem direito.

Anónimo disse...

Claro que não gosta. Cheira-lhe a Marx.

Anónimo disse...

Que caso, este!
O Estado português é laico, o que significa que deve garantir e proteger a liberdade religiosa de cada cidadão, mas evitar que alguma religião exerça controle ou interfira em questões políticas. O Cardeal Policarpo não é um cidadão católico qualquer, nem falou nessa qualidade: é o chefe supremo da Igreja em Portugal e, ao falar de tal matéria, ao opinar, não quererá que nos alheemos dessa sua condição. Isto é, a Igreja Católica acaba de tomar uma posição política. Estará disposta, então, a vir à liça discuti-la? E aceitaria que um partido político, (por absurdo) viesse apelar aos cidadãos para que no próximo 13 de Outubro não gastem dinheiro, indo a Fátima e ficassem em casa a orar por uma política do governo menos penosa para os trabalhadores?
Creio que a questão será esta…
Bjos, Joana
Helena Pato