Talvez por estar fora de Portugal, escapou-me o motivo da visita de Cavaco aos Açores. Como me escapa também a justificação para o que leio hoje no Público (sem link): acompanham-no Maria Cavaco Silva e mais de 30 pessoas, entre as quais não só «quatro assessores, dois consultores, um para os assuntos políticos e outro para a comunicação social, e cerca de uma dúzia de elementos do corpo de segurança, entre eles dois sargentos, um tenente-coronel, um subintendente e cinco agentes principais», mas também «dois fotógrafos oficiais, um médico pessoal, uma enfermeira, dois bagageiros e até um mordomo».
30 pessoas? Bagageiros? Mordomo???
Ainda: Nunes Liberato, também levou a mulher. E a minha alma pergunta, a quem souber responder-me, se a esposa do chefe da casa civil do PR tem lugar previsto no protocolo de Estado.
Prevejo o argumento: todos os predecessores de Cavaco fizeram o mesmo, quem não se lembra das comitivas de Soares e de Sampaio? Mas isso era no tempo em que a pátria era formosa e bela, quando o FMI era receita para argentinos e outros sul-americanos e as vacas talvez não sorrissem a olhar para os prados, mas ainda não tinham emagrecido. Agora, em Setembro de 2011, é incompreensível e inaceitável. Ponto.
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1 comments:
Austeridade é para o zé povinho,claro.
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