29.9.11

Morto mas não infectado


A propósito da recente execução de Troy Davis, na Georgia, Rui Tavares referiu no Público de ontem que o braço do condenado é desinfectado antes de receber a injecção letal para evitar o risco de poder vir a ser contaminado.

Achei a ideia tão rocambolesca que fui averiguar e encontrei muitos documentos, com detalhes absolutamente macabros a respeito de tudo o que precede e rodeia a «cerimónia», mas que dizem todos mais ou menos o mesmo sobre o tema em questão: «Em 36 estados, os carrascos mantêm o ritual em que se começa por esfregar o braço do condenado com álcool, uma precaução mórbida contra uma possível infecção provocada pela agulha que, daí a um momento, provocará a morte.»

Mas será que ninguém parou para pensar no absurdo e na irracionalidade de um regulamento como este? Morto mas desinfectado? Matamos mas não contagiamos?

«Só na América!», dirão alguns. Só num mundo totalmente ensandecido, digo eu.
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1 comments:

Anónimo disse...

bom dia: possivelmente porque o morto faz doação de órgãos......................................................................................THE END