Que ninguém planeie vir de Bukhara a Khiva de carro antes de averiguar se a nova estrada em construção já está pronta ou arrisca-se a ter saudades dos governos do dr. Cavaco e do seu amor ao betão.
Atravessar o deserto de Kyzylkum de autocarro é uma aventura que leva um dia inteiro, de quase 12 horas, porque o que em tempos deve ter merecido o nome de estrada é agora um conjunto de buracos ligados por restos de alcatrão. Mas, enfim, o trabalho foi do motorista e cheguei agora ao meu último poiso no Uzbequistão.
Vou sair deste país com uma grande curiosidade quanto ao seu futuro próximo. Conseguirá desenvolver-se decentemente com os recursos que tem e que não são poucos (gás, muito algodão, ouro, urânio seda, etc., etc.)? Virá a evoluir politicamente no sentido da democracia, quando e como? Como continuará a lidar com o forte cordão umbilical que ainda o liga à Rússia, com a pressão da China, com a complexidade dos países vizinhos?
A meio da viagem. Amanhã à noite sigo para Istambul e irei depois até Baku.
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4 comments:
Cara Joana Lopes
Bom treino para a travessia do deserto que também estamos a iniciar. Buracos, então nem é bom pensar.
Continuação de boas férias (se for o caso).
Abraço
Rodrigo
Olá, Joana! Duas coisas: primeira é que ontem esqueci-me de assinar. A segunda é que espero que, agora no regresso, te reconcilies com Istambul, embora ache que é cidade que precisa de uma boa semana para ser vista e «sentida». Por mim, fui, voltei e voltei, já não sei quantas vezes...gosto, olha...
Bjo
Lena Pato
Folha seca, muito obrigada...
Lena, não assinaste mas percebi que o comentário era teu.
Estou certa de ir gostar muito de Istambul - torço por isso. Bjs.
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