14.9.11

Um 11 de Setembro diferente


Acesso à Internet é quando um hotel quiser e o meu não tem querido. Assim sendo, o tempo escasseia, podia continuar a mostrar monumentos lindíssimos que vou vendo aqui no Uzbequistão, mas opto por resumir a estranha experiência de viver o 10º aniversário do September 11 deste lado do mundo.

No hotel em que estava, o único canal em inglês que apanhei era russo e deu uma visão no mínimo sui generis dos acontecimentos. Reportagens das comemorações em Nova Iorque, sem dúvida, ligação a correspondentes em várias cidades do mundo, mas sempre com um anti-americanismo militante, umas vezes subtil outras nem por isso. Com o maior dos profissionalismos, num figurino do tipo CNN.

Sem nunca se louvar os ataques, estes foram referidos, constantemente e de vários modos, como puros e felizes pretextos para a América justificar o que veio a fazer no Iraque e no Afeganistão. Neste último país, mostravam-se fotografias das Torres em chamas a pessoas de todas as idades que, pura e simplesmente, diziam não saberem o que aquilo era. A ideia era portanto que o Ocidente cultiva o exagero da importância do que se passou e que esta deve ser minimizada.

Novidade? Nenhuma. Mas um pouco surpreendente na forma, apesar de tudo.

Já agora: no Museu do Povo Uzbeque, em Taskhent, no andar reservado à História recente, há uma fotografia do ataque às Torres Gémeas (sem legendas em inglês). Repito: trata-se do museu do povo UZBEQUE…
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