18.10.11

Banco de Portugal isento? Esta é que não!



Os funcionários públicos são as principais vítimas dos sinistros governantes que temos, eu e a minha entidade patronal confiámos ao Estado balúrdios em descontos e ele falta aos compromissos que comigo assumiu como aposentada (ou lá o que sou…), o governo autoriza os patrões a meia hora diária de trabalho gratuito (sim, a isso chama-se escravatura), etc., etc., etc.

Mas há alguns (e logo eles: Cavaco, Constâncio e multidões de outros) que, Ministro das Finanças dixit, têm «um estatuto especial dada a sua participação no Eurosistema e as garantias de independência estabelecidas nos tratados». Como se as nossas «garantias» estivessem ser respeitadas, como se os tratados europeus ainda fossem respeitáveis!

O Tribunal Constitucional deve ter metido um atestado médico colectivo e a realidade, nua e crua, é que já deixámos de viver num Estado de direito, assumida e descaradamente. E com esta mania de ultrapassarmos as exigências da troika, acabaremos por roubar à Grécia o primeiro lugar no pódio.
.

1 comments:

Anónimo disse...

Sendo certo que num Estado de direito todos deveriamos ficar de fora, não me adiraria nada que, neste Estado tão torto, os juízes, os magistrados do ministério público, a polícia e o exército também ficassem de fora por «questões de conveniência».

Cristiana Tourais