Os funcionários públicos são as principais vítimas dos sinistros governantes que temos, eu e a minha entidade patronal confiámos ao Estado balúrdios em descontos e ele falta aos compromissos que comigo assumiu como aposentada (ou lá o que sou…), o governo autoriza os patrões a meia hora diária de trabalho gratuito (sim, a isso chama-se escravatura), etc., etc., etc.
Mas há alguns (e logo eles: Cavaco, Constâncio e multidões de outros) que, Ministro das Finanças dixit, têm «um estatuto especial dada a sua participação no Eurosistema e as garantias de independência estabelecidas nos tratados». Como se as nossas «garantias» estivessem ser respeitadas, como se os tratados europeus ainda fossem respeitáveis!
O Tribunal Constitucional deve ter metido um atestado médico colectivo e a realidade, nua e crua, é que já deixámos de viver num Estado de direito, assumida e descaradamente. E com esta mania de ultrapassarmos as exigências da troika, acabaremos por roubar à Grécia o primeiro lugar no pódio.
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1 comments:
Sendo certo que num Estado de direito todos deveriamos ficar de fora, não me adiraria nada que, neste Estado tão torto, os juízes, os magistrados do ministério público, a polícia e o exército também ficassem de fora por «questões de conveniência».
Cristiana Tourais
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