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Via Maria João Pires no Facebook:
«No Facebook da Antena2 "Na Sinfonia do Adeus de Haydn, os músicos vão saindo do palco um a um. A estreia, em 1772, funcionou como um protesto contra màs condições de trabalho. Uma "greve" peculiar. Ver mesmo até ao fim" Igor Gruppman conducts the Mariinsky Theatre Orchestra in Haydn's "Farewell" Symphony, No. 45, 4th mvt.»
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3 comments:
E que extraordinariamente belos são os serviços mínimos da orquestra...
Ai... a nostalgia... tempos em que os músicos tinham consciência social, cívica e laboral e faziam coisas pelas suas condições de trabalho. Tempos de mecenas que queriam orquestras ao seu serviço e as tratavam a seu bel-prazer ditatorialmente. Agora só parece mais civilizado. Na realidade, se atentarmos ao último anúncio do FV a coisa só piorou!
Honrosíssima a excepção dos músicos da Orquestra do Norte que, obviamente, pela luta conseguiram essa miríade do século XXI que são os contratos de trabalho.
De resto, cada um que se vire e se safe.
Helena,
No tempo de Haydn, os músicos faziam parte da criadagem.
O Haydn foi talvez o primeiro músico que conseguiu renome "mundial" mas, mesmo assim, trabalhando para a família Eszterháza, só podia viajar com a sua autorização.
O que originou esta sinfonia foi o facto de os músicos serem obrigados a ficar temporadas de meses no palácio dos Eszterháza, longe das famílias, de quem tinham saudades, e de essa temporada particular se estar a prolongar para além do normal. Pelo que ele compôs o final da sinfonia com a saída gradual dos músicos à medida que iam terminando as suas partes como forma de fazer sentir o facto ao patrão, porque não o poderia ter dito por palavras.
Não seria propriamente consciência social, nem cívica, nem laboral, mas uma forma genial de contornar uma barreira social inultrapassável na época.
Curvemo-nos ao génio de Haydn, até nesta forma genial de apresentar uma reivindicação, mas não tenhamos saudades desses tempos...
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