Debate com a participação de Ana Méndéz Andés, Observatorio Metropolitano
Quatro anos de crise e três de programas da austeridade e de cortes sociais parecem demasiado. A actual condução da política económica europeia (o Banco Central, a Comissão, Merkel e Sarkozy) não nos levou a nada que se assemelhe à tão esperada recuperação. Pelo contrário, a sua submissão obcecada aos interesses dos credores (leia-se grandes bancos) só serviu para animar a maior operação de socialização da dívida privada da história europeia (leia-se crise da dívida soberana e quebra previsível dos chamados Estados periféricos). E levou-nos, o que é ainda pior, a uma situação de crise permanente e «sem saída» possível. Perante a ausência de outros protagonistas, o desenlace da tragicomédia europeia ficou reduzido à alternativa entre uma mudança radical (de que nem a classe política nem as elites económicas parecem capazes) e a insistência no neoliberalismo galopante, que ameaça destruir o projecto europeu, incluindo a sua moeda.
O Observatorio Metropolitano, um projecto sediado em Madrid que reúne um conjunto de colectivos militantes num espaço de reflexão sobre os fenómenos que caracterizam as metrópoles contemporâneas, acaba de publicar o livro Crisis y Revolución en Europa (pode ser comprado ou descarregado aqui). À luz dos recentes desenvolvimentos da crise europeia e da luta social, propomos uma discussão em torno do conteúdo do livro.
Organização: UNIPOP e RDA-69
Local: RDA-69 (Regueirão dos Anjos, n.º 69, Lisboa –
Data: Dia 4 de Dezembro, das 18h às 20h
Entrada livre.
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