… Cao Guangjing, porque as nossas vidas vão depender muito dele nos próximos (?...) tempos.
Já aterrou em Lisboa, amanhã compra uma fatia da EDP no Ministério das Finanças, e explica-nos depois porquê em conferência de imprensa, já admitiu que os bancos chineses poderão investir em Portugal e as acções da banca dispararam logo em bolsa. Paralelmente, confirma-se o interesse de uma grande empresa chinesa na prospecção de petróleo no nosso país.
Veneradores e obrigados, daqui a dois dias ainda vamos celebrar o início de 2012 à ocidental, em 2013 não sabemos… Em 22 de Janeiro de 2012 termina o Ano do Coelho (não para nós, não para nós…) que dará lugar ao do Dragão. Por cá, continuaremos, para já, com doze passas e doze desejos – se conseguirmos contá-los.
«E pensar que tudo isto começou com as lojas dos trezentos... » (*)
(*) Frase roubada à Isabel Faria no Facebook.
.
9 comments:
Ignorava essa coisa do Ano do Dragão, Joana Lopes - grato pela informação, hoje foi a melhor notícia que li. Com sua licença, vou passar a novidade a um número razoável de amigos que por estes dias andam apreensivos com algumas prestações menos boas do nosso clube.
Venerando era o Tomás (sorry, Thomaz).
Na fórmula é 'venerador e obrigado', da expressão protocolar: at.º ven.ºr e obg.º - atento, venerador e obrigado...
A.M.
JMG, parece que é Dragão de Água...
A.M., tem toda a razão, vou corrigir. Obrigada.
Que pessimismo, Joana! Não faltará empenho para que acabe mesmo o ano do Coelho! Neste caso, os mesitos... ;)
Cara Joana Lopes,
Folgo em saber que o tema do avanço da RPC sobre a Europa começa a merecer maior destaque aqui e bem assim noutros espaços.
Da minha parte mantenho: tudo isto não passa, a longo, médio prazo, de um imenso presente envenenado.
Não tardará, uma vez seguras as posições-chave dentro dos sectores estratégicos mais vulneráveis, começaremos a assistir ao mesmo que já vimos suceder noutras paragens (leia-se África, e a título de exemplo): o impor de quadros de liderança oriundos de lá, depois os quadros médios técnicos e executivos (em detrimento dos locais, isto é, dos nossos) dentro das empresas, e assim por diante, depois a pressão no sentido de impor alterações legislativas em diversos domínios, adequados aos seus interesses, planos e necessidades, depois o servilismo político que, se por enquanto ainda é discreto, tarde ou cedo andará a toque de clarim... Enfim... uma vez mais, nada que não pudéssemos ter previsto antes e tentado evitar...
Quanto à 'prospecção de petróleo', receio bem que venha a ser antes e prioritariamente a prospecção de outras matérias-primas hoje quase tão preciosas quanto o velho "ouro negro" — algo cuja produção mundial já é controlada em quase 98% por eles e da qual não abrirão mão por nada deste mundo (sobre o mesmo já escrevi há algo tempo no meu espaço: http://ultimonanbanjin.blogspot.com/2011/10/rari-nantes.html), e a que aliás quase ninguém parece ter prestado atenção.
Em qualquer recurso, gostaria de deixar aqui uma ressalva, se me permite: nada tenho contra a prosperidade chinesa — já o escrevi antes e torno a dizê-lo: como amante do Oriente, este seu leitor não é, nem pouco mais ou menos um vulgar e primário sinófobo, bem pelo contrário, é,isso sim, um inveterado sinófilo, e ainda que dê a impressão oposta.
É que o mal não está nessa China abstracta, idílica, distante e poética, que contemplamos em livros de viagens e em bonitos bilhetes postais. Está sim ness'outra, secretiva, oligárquica, predatória, implacável, sinistra, que tem hoje, e a Ocidente, a sua "finest hour".
'L'opportunité fut saisi'.
Só digo oxalá não seja tarde demais, oxalá eu esteja tremendamente enganado.
Assim espero.
Feliz Ano do Dragão (辰 | 龍)
Luís F. Afonso, do Japão
Muito obrigada pelo seu comentário, Luís Afonso. E um pedido «descarado»: posso transfomar parte do mesmo em «post»? Só o farei com a sua autorização.
Bom ano aí a Oriente...
Com certeza, Joana.
É só a minha pobre opinião, mas se alguma coisa dela conta, esteja à vontade e pode citar.
O meu agradecimento pela atenção,
Luís F. Afonso
Luís Afonso, parabéns pela lucidez, eu também amo "esse Oriente" e não o açafate de mentiras envenenadas que nos tem vindo a ser servido.
Pergunto-me se os chineses, tal como os árabes, não terão um síndroma de cruzada de há tantos séculos. Não haveria uma forma equilibrada de "não se colonizarem", invadirem, desta vez em nome do deus "dinheiro"?
Joana... Mas porque é que as notícias que interessam não aparecem nos jornais nem nas Tvs? Porquê?
Onde estão as pessoas e o direito à informação digna? Onde está a democracia? No falar? No empobrecer? Atiram-nos com notícias como murros, coisas que deviam ser imediatamente investigadas. E se quedam anos... anos.
Há gente que não tem tempo, Joana, é um drama sentir que secamos entre folhas dum velho livro, uma velha memória.
Abç
B.
Enviar um comentário