Entre as brumas da memória: No Chiado, a ordem dos facto(re)s não foi arbitrária (2)

28.3.12

No Chiado, a ordem dos facto(re)s não foi arbitrária (2) – Novas imagens

Complemento a este meu post.
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4 comments:

folha seca disse...: Cara Joana Lopes
É importante a divulgação de mais este vídeo. Quanto a outras duvidas mantenho as que deixeí no "outro post".
Posso andar distraído, mas continuo sem ver uma condenação clara da violência gratuíta, por parte da CGTP, o que me faz grande confusão.
Abraço
Rodrigo; 28 de março de 2012 às 10:37
Manuel Vilarinho Pires disse...: Este filme tem uma perspectiva mais ampla que os outros e permite uma sequenciação que eles não permitem.
A minha leitura é a seguinte:

0:20 - o homem das barbas anda numa grande agitação, debate-se com outros manifestantes, atira-se à muralha da polícia e é repelido;
0:40 - a polícia dá umas bastonadas para abrir algum espaço junto da sua posição inicial na Serpa Pinto;
1:10 - há manifestantes a empunhar escudos;
2:20 - chega a brigada de intervenção a subir a Garret até à Serpa Pinto;
3:00 - a brigada investe, faz algumas agressões (ao jornalista?), limpa o espaço até ao intervalo entre as duas esplanadas, e pára; as mesas da primeira esplanada já estão derrubadas quando a brigada passa ao lado dela;
3:50 - ouvem-se ruídos de loiça e metálicos que parecem corresponder ao derrube das mesas da segunda esplanada;
4:05 - a brigada investe sobre a segunda esplanada, avança e limpa o espaço até à António Maria Cardoso, e os manifestantes recuam até ao Camões;
5:20 - passa para baixo o polícia ferido no rosto;
7:14 A brigada avança até à Rua do Alecrim e faz mais agressões, inclusivamente a da senhora loira.

Isto é a parte objectiva.
A sequência não altera a natureza dos actos de brutalidade cometidos, seja por quem tiver sido, porque os actos de brutalidade documentados não foram cometidos em defesa própria, mas são de agressão.
Isto é a subjectiva.; 28 de março de 2012 às 15:10
Joana Lopes disse...: Toma lá com outra leitura objectiva (e lê o resto do texto, já agora):

«Aos 2:04 é visível a situação completamente pacificada e sem qualquer atrito.
Aos 3:09 vê-se a agressão ao primeiro jornalista João Goulão e que confirma o que foi dito aqui
http://jsgphoto.blogspot.pt/2012/03/22-de-marco.html?m=1
Por volta dos 3:35 foi a agressão à jornalista Patricia Melo Moreira, que foi ajudada por manifestantes como publicamente testemunhou, e não foi usada como escudo como estupidamente alguns quiseram caluniosamente fazer crer. As imagens deste vídeo não mostram esta agressão.
Aos 3:58 vê-se um chapéu da esplanada da Brasileira a ser retirado do sítio, tal como aparece no vídeo do Expresso em câmara lenta (alguém consegue explicar porquê esta escolha do Expresso pela câmara lenta) e que foi usada para justificar todas as acções da polícia, ou seja o injustificável.
Aos 5:19 vê-se um polícia ferido, imagem que serviu para justificar toda a acção policial. Não se vê a razão do ferimento.
Dos 4:45 até aos 7:14 consegue-se perceber que a situação apesar de tensa está tranquila e que nada é arremessado contra a polícia ou sequer qualquer provocação por parte dos manifestantes. No entanto uma nova carga é ordenada. São 2 minutos e meio em que nada acontece de estranho, apenas o desejo de voltar a carregar sobre os manifestantes.
Aos 7:28 é visível a agressão absolutamente gratuita a uma senhora que está aqui de outro ângulo.
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=N1xduIc5o3s »; 28 de março de 2012 às 15:49
Manuel Vilarinho Pires disse...: Dizemos mais ou menos a mesma coisa mas ele acrescenta factos que não estão no filme mas conhecerá de outras origens, e muita interpretação, que é tudo menos objectiva. E salienta algo que não reparei antes, o lançamento de objectos, entre outros, de uma garrafa de água cheia, sobre a polícia.
Mas não comenta os 2 primeiros minutos em que o homem das barbas investe com violência sobre a barreira policial, no que a mim me parece mesmo uma atitude de provocação com intensidade suficiente para merecer resposta (não a agressão a manifestantes pacíficos, claro). Aliás, não faço ideia de quem seja o homem, mas é o que tem mais ar de agente infiltrado de toda a gente que vi em todos os filmes. Será?; 28 de março de 2012 às 20:27

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