5.3.12

Público: com eco de canto do cisne



O jornal Público apresentou-se hoje como dando um «salto» para um novo ciclo, ao fazer «atravessar em todo o jornal, de modo orgânico – e aplicada às notícias do dia – a filosofia de maior profundidade até agora sobretudo reservada ao P2».

Para começar, lamente-se a decisão, puramente demagógica, de distribuir hoje o jornal gratuitamente, o que impediu muitos dos seus leitores habituais de lhe terem acesso, já que, como era de esperar com 100% de probabilidade, «esgotou» rapidamente. Ninguém terá pensado nesta consequência ou foi um objectivo conscientemente assumido?

Acabei por comprá-lo online e não me convenceu.

Primeiro, não sendo fã nem anatematizadora de José Gil, não vislumbrei qualquer valor acrescentado na sua função de director do jornal no dia de hoje. Pelo contrário, todos os desenvolvimentos em torno da sua «sondagem imaginária» não saem do nível da mais pura banalidade.

Depois, e em termos gerais, não me parece – mas o futuro dirá se tenho razão, pelo sucesso ou insucesso das opções agora tomadas – que o leitor normal de um jornal diário tenha tempo e disposição para artigos tão longos como os que agora são apresentados (muitos de página inteira), sobre temas por vezes de interesse secundário, a não ser que a qualidade dos mesmos o justifique – o que não é de todo o caso, na minha opinião.

A ver vamos, mas…
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1 comments:

Rogério G.V. Pereira disse...

Quem diria?
Você e eu
em perfeita sintonia

(bom, tem havido mais situações...)