Não pára a discussão sobre o tema, trazido de novo às «gordas» da comunicação social pelas recentes declarações da responsável pelo FMI, Christina Lagarde.
Talvez valha a pena citar Eric Toussaint, especialmente conhecedor dos meandros das dívidas e das suas raízes, que, em entrevista recente, recordou muito claramente o seguinte:
«Há algumas categorias da sociedade [grega] que não pagam impostos, mas não são os trabalhadores. Por exemplo, a Igreja ortodoxa não paga impostos, assim como todos os armadores de navios, que constituem um sector extremamente poderoso da economia grega. São os seus privilégios que alimentam os deficits e estes levam ao aumento da dívida pública.»
Não li o Memorando que o governo grego assinou com a troika. Mas gostava mesmo de saber se impõe a cobrança de impostos às duas entidades referidas por Toussaint: a Igreja ortodoxa e os armadores.
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4 comments:
Vai uma aposta, cara Joana?
Aposto 2 (dois) ovos moles, contra 2 (dois) pastéis de belém em como essa gente não paga nada, se calhar ainda recebem apoios para reformas estruturais...
Simão Gamito
Um comentador ontem na TSF ou num canal de televisão referia que os rendimentos dos armadores dos navios gregos são da ordem dos 16 mil milhões de euros e que a Igraja Ortodoxa, além de ser o maior proprietário do país, tem em contas em países estrangeiros (nomeadamente Inglaterra e Suiça) o dobro do PIB anual grego. Creio que isto diz tudo...
Exacto, Rafael, ontem ouvi falar do tema em várias instâncias. Por exemplo, O Rosas na TVI24.
Eu até acho que quem ouvi referir isto foi a Constança Cunha e Sá...Meu Deus, este mundo deu mesmo uma volta ;)
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