A frase que ficará do dia de ontem será certamente a que Vítor Gaspar usou para responder a uma interpelação de Honório Novo na Assembleia da República: «Eu não minto, não engano, não ludibrio».
Para além de parecer humor negro se nos lembrarmos do que tem sido a política deste governo nos últimos meses, a afirmação tem aquele carácter categórico que caracteriza personalidades desinteressantes e moralistas, mas perigosas, que pretendem transpirar seriedade por todos os poros e que se consideram acima de todas as suspeições – até a de serem considerados «políticos».
Impossível não recordar o português mais «virtuoso» de sempre, que também afirmava, em 1928: «Represento uma política de verdade e de sinceridade, contraposta a uma política de mentira e de segredo». Ou o nosso nunca assaz celebrado presidente da República, que nunca se engana e que raramente tem dúvidas.
Três técnicos de Finanças, certamente por acaso...
P.S. - A propósito: O estranho caso do Anexo
.
0 comments:
Enviar um comentário