Uma
vez, aos sete anos,
Partiu
à pedrada a lanterna da porta da igreja.
Dez
anos depois, conduzindo um carro,
Não
parou num cruzamento de rua
Onde
havia um sinal de stop.
Dois
anos depois, teve uma briga
Num
bar, e partiu a cabeça a um amigo
Com
uma garrafa de cerveja.
Quando
se recusou a combater no Viet-Nam,
O seu
cadastro provava como desde a infância,
Sempre
manifestara sentimentos
Nitidamente
de traidor à pátria.
Jorge de Sena, 12/8/1969
(Enviado por Diana Andringa)
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