9.8.12

9 de Agosto de 1945



Fundada por portugueses em 1570, Nagasaki é recordada sobretudo por ter sido vítima da segunda bomba atómica lançada pelos Estados Unidos no Japão, seis dias antes da rendição deste país e do subsequente fim da Segunda Guerra Mundial.

Fala-se mais da tragédia de Hiroshima por ser cronologicamente anterior, mas o número de mortos e de feridos foi sensivelmente o mesmo nas duas situações e o engenho que destruiu a parte Norte de Nagasaki, em menos de um segundo, até era mais potente mas caiu num vale e teve efeitos amortizados.



Actualmente, existe em Nagasaki um belíssimo Parque da Paz, onde hoje será prestada homenagem ás vítimas de 1945. Quem já lá esteve não esquece.




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3 comments:

Antonio BB disse...

Há, neste post, 2 erros e a omissão de um facto que tem interesse para nós portugueses.
Começo pela omissão: os portugueses tradicionalmente evitavam construir em planície, ao contrário dos japoneses que evitavam construir em montanha ou colina (o território dos deuses...). Ora, Hiroshima é uma planície arrasada! Os japonesinhos na prefeitura de Nagasaki aprendem na escola que foi devido ao hábito dos portugueses de construir em colinas que Nagasaki se salvou, relativamente...
Daqui decorrem os 2 erros no post: é irrelevante saber onde caíram os destroços da bomba porque ela explodiu a 500 metros de altura! (tal como em Hiroshima).Apesar de ter explodido alto, as colinas e montanhas defenderam relativamente a cidade e, por isso (e 2º erro) o número de mortos instantâneos e a % de destruição é muito menor em Nagasaki do que em Hiroshima.
AntonioBB, desde Tóquio (mas também com alguns anos de Nagasaki)

Joana Lopes disse...

Quanto ao 1º erro, não duvido que tenha razão, mas li algures que tinha caído num vale - má interpretação do que diz (efeito amortizador das colinas e moontanhas.
Quanto ao 2º, o que eu pretendi dizer foi que, se não houvesse essa barreira protectora, e porque esta bomba era mais potente que a de Hiroshima, teria havido muitos mais mortos.

Antonio BB disse...

O número de mortos instantâneo foi muito menor em Nagasaki do que em Hiroshima (a populaçao tembém é metade ou menos), no entanto a maior parte das vítimas morre a prazo por causa da radioactividade e nos números finais, em % da população, a diferença fica menos larga.
Foi há 67 anos, mas os problemas de radiação continuam a afligir este arquipélago. Os dirigentes da Coreia do Norte, apesar de terem a grande maioria da população bem abaixo do limiar de subsistência, lá desperdiçam somas astronómicas para enviarem ogivas por cima do Japão. Pode imaginar-se que são só ameaças, mas a muito baixa qualidade técnica dos foguetões, transforma a simples ameaça num perigo real, que nos deixa suspensos, se os interceptores falharem. Mas o terramoto de 11 de Março de 2011 não falhou!
Nós ainda estamos sob efeito forte da radiação de Fukushima, embora o actual primeiro ministro Noda (ao contrário do antecessor Kan) tenha cedido à pressão brutal dos interesses da "EDP de cá" e dos grandes produtores de maquinaria nuclear (sobretudo Mitsubishi e Toshiba) e esteja a aliviar demasiado as medidas de precaução. Mas muita gente ainda não bebe água da torneira em Tóquio, nos supermercados e restaurantes há uma enorme preocupação em saber a origem do alimento ou da cadeia alimentar de onde veio, não andar á chuva, etc.
Uma central nuclear é pior do que uma bomba atómica. Na bomba atómica morrem aqueles milhares a há efeitos limitados por algum tempo. Num desastre de Central, os mortos imediatos são muitíssimos menos, mas a prazo são muitíssimo mais. E o prazo é longo de 50, 100 anos. Ano e meio depois ainda há produção descontrolada de radioactivade para o ar, mar, águas subterrâneas e solos.