Pouca atenção se presta neste momento à Grécia. Mas eu insisto, não só pelo interesse quanto ao desenrolar dos acontecimentos, mas também porque, como dizia a minha mãezinha, «candeia que vai à frente alumia duas vezes» e é sempre bom prevermos o caminho que muito provavelmente nos espera.
Cresce a tensão dentro do governo grego por divergências quanto às medidas a serem adoptadas para cortar mais 11,5 mil milhões de euros, como as troikas exigem.
Em causa está agora a transferência para uma «Reserva de Trabalho» (algo de parecido com o nosso quadro de excedentes) de 45.000 funcionários públicos que deverão ir para casa com 60% do salário para, ao fim de três anos, obterem a reforma ou passarem para o desemprego. Simultaneamente, não serão renovados contratos a outros 25.000.
PASOK e Esquerda Democrática dizem não estar dispostos a dar luz verde a esta medida, por já se ter mostrada ineficaz no passado e por não estar contemplada nos acordos estabelecidos para a formação do actual governo. Evangelos Venizelos, líder do PASOK, declarou expressamente: «Comprometi-me pessoalmente, antes das eleições, com a não existência de lay-offs no sector público» e resta saber como é que os diferentes parceiros da coligação estabelecerão ─ ou não ─ pontes nesta matéria.
Entretanto, dentro dos partidos da oposição e na opinião pública, fazem-se apostas quanto à duração do actual governo.
Tudo absolutamente sem surpresas de qualquer espécie, portanto.
(Fonte)
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