Não é bem um raciocínio pelo absurdo, mas não anda muito longe e serve para o efeito.
Imaginemos que o governo decide um dia concessionar um dos seus grandes hospitais públicos, Santa Maria em Lisboa ou São João no Porto, por exemplo, e que passa a cobrar-nos uma taxa na conta da água para que seja assegurado o serviço público que entender definir. Ou que concessiona o Tribunal Constitucional (why not, os privados não são sempre mais eficientes?) e cria um imposto especial que soma ao IMI. Ou que decide não vender a TAP, mas «alugá-la» por umas décadas, e nos aumenta o imposto de circulação automóvel. E por aí fora.
Tudo absurdo? Mas porquê? O caso da RTP é diferente só porque já pagamos uma taxa desde 2004 (até aí, só a RDP era contemplada)? Se já nem se entende por que o fazemos agora (não existem impostos para garantir serviços públicos?), não ultrapassa mesmo os limites do absurdo que ela se mantenha na hipotética solução Borges, Relvas & Companhia?
(Sugerido pela leitura disto no DN)
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