Revejo-me em cada linha do texto que Nuno Ramos de Almeida escreve hoje no «i»: O caminho das pedras.
Para além do relato dos factos, reter:
«Por detrás desta aparente incompetência em sanar rapidamente incidentes existe uma estratégia: o executivo de Passos Coelho já percebeu que só consegue impor o programa selvagem de austeridade da troika cortando liberdades. Fala-se na limitação do direito à greve a propósito da paralisação dos estivadores, é muito provável que o governo pretenda criminalizar o direito à manifestação. (...)
Nas últimas manifestações há cada vez mais gente desesperada, um sem-número de pessoas que não aguentam a situação em que sucessivos governos deixaram Portugal. Nos bairros dos subúrbios os filhos nunca tiveram emprego e os pais já não têm. Temos uma falsa democracia, em que os manifestantes são espancados mas os antigos responsáveis do BPN, banco em que desapareceram para os bolsos de alguns milhares de milhões de euros, nunca foram presos e tornam-se conselheiros do primeiro-ministro. Portugal é um país com milhão e meio de desempregados. As estatísticas falam de um número recorde de pessoas na pobreza, de gente expulsa das suas casas e sem dinheiro para comer. A violência é filha de um país sem saída. Como querem ter a paz social da Suécia com a miséria da vida na Grécia? Desenganem-se, a guerra está no início e a violência vai encher as ruínas das nossas cidades desertificadas por uma política que serve apenas os poderosos.»
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3 comments:
Olá Joana...
Continuo sem ter a certeza se a Joana ainda acredita que a solução para Portroikal é colocar o partido socialista no poder... Mas às vezes fico com essa sensação estranha de absorção!
Por ler este texto?????
Não apenas este texto...
Este tem apenas pequenas dicas... na qual se revê, pelo que...
Como sabe costumo ler o que aqui publica, e às vezes até comento, pelo que a sensação não é nova!
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