Ouvi ontem (já hoje), em directo, Jean-Claude Juncker anunciar o que o Eurogrupo decidiu, numa reunião que terá durado 13 horas, quanto à concessão de mais uma maquia há muito esperada. O texto está online, mas a imprensa de hoje já o digeriu para o comum dos mortais.
Para além de ficarmos a saber que poderemos aproveitar uma boleia que nos permitirá garantir «um período médio de reembolso de 30 anos e um prazo máximo de 45» para o pagamento de empréstimos (António José Seguro parece não acreditar e está, neste preciso momento, a dizer que é preciso exigi-lo), retive este impressionante futuro prometedor para a Grécia:
«O acordo permitirá reduzir a dívida helénica de 190% do PIB em 2013 para 124% em 2020, em vez dos 120% acordados no início do ano no segundo programa de ajuda» – pode estar 4% pior do que planeado, numa previsão certamente tão infalível como todas as outras o têm sido...
Deve ser muito bom e eu é que entendo pouco destas coisas. Talvez tudo isto tenha a ver com a tal noção de «círculo virtuoso» ou algo de parecido.
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P.S. – Acabo de ler este comentário de José Medeiros Ferreira: «Esta noite percebeu-se mais uma vez que esse modelo só leva ao atraso das medidas que devem ser tomadas e que acabam por ser tomadas: baixa das taxas de juro, adiamento dos prazos, etc. Mas sempre às arrecuas, sem se passar à libertação negocial dos Estados. Assim isto vai acabar mal para o FMI, o Euro-Grupo e o BCE. Porque ninguém quer ser a Grécia quando a Grécia indica o caminho...»
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