25.11.12

Recolhido por aí



«Na verdade, os portugueses também já "ajustaram" os governantes. "Miúdos", "garotos", como o povo manifestante bem intui, percebendo a sua inexperiência da "vida", saídos da pior escola, carreiristas e espertos, obcecados pela "imagem" mediática, conhecedores de mil e um truques, tão vingativos como ignorantes, deslumbrados pelo seu poder actual, subservientes face a todos os poderosos, e que incorporaram um profetismo grandioso sobre "refundar" o país, que rapidamente se torna numa luta pela própria sobrevivência política, custe o que custar. O resto é expendable, no inglês técnico de que gostam.»  
José Pacheco Pereira, Público de ontem (sem link)

«É legítimo - e aconselhável - apresentar um projecto de revisão constitucional ou iniciar uma discussão sobre quais devem ser as tarefas e funções do Estado. O projecto será aprovado ou não, a discussão será mais ou menos profícua.
O que não pode ser feito é alterar a Constituição duma maneira clandestina secando financeiramente serviços, prestações ou o que seja que o texto prescreva.
Não é que eu pense que o Governo quer fazer isso. Acho que, coitado, a única coisa que sabe fazer é cortes cegos e seguir as ordens de Gaspar e dos loucos da troika, mas que pode ser a consequência dos seus actos, lá isso pode.» 

 «Aa verdade é que o Conselho Europeu, com todo o seu aparato exótico de reuniões de "confessionário", revela bem que a Europa está completamente sem rumo e sem escala. Vivemos uma crise sistémica da Europa. Temos desafios internos e externos gigantescos. A União Económica e Monetária é hoje uma camisa de forças, que esmaga a periferia, e não ficará por aí. (...) Quinhentos milhões de europeus aguardam quem os defenda. Mas esperamos em vão. Somos governados pela pior forma de mediocridade: a cegueira voluntária.»
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