6.2.13

Europa «a caminho» da China?



O governo chinês revela agora um plano ambicioso para reduzir as desigualdades sociais, onde se prevê, entre outras medidas, o aumento do salário mínimo e uma reforma dos impostos. As empresas estatais, os especuladores imobiliários e os «ricos» serão mais tributados para que seja diminuído o abismo entre as elites urbanas e as centenas de milhões de pobres que vivem nas zonas rurais e os aumentos de salários dos executivos das empresas estatais deverão ser inferiores aos dos empregados. Serão também reservadas maiores verbas para saúde e educação.

É pouco e não se vê nada de especialmente novo? O objectivo é evitar confrontos sociais, sempre à beira de poderem transformar um país descomunal num barril de pólvora, e tentar manter o controlo sobre o crescimento? Certamente, mas o caminho está a ser feito e não sou dos que creio que é votado ao fracasso. 

Mas a Europa está a seguir o caminho exactamente oposto, com a esperança inconfessada de apanhar as Chinas deste mundo para com elas poder finalmente competir no mundo global. É isso que está a ser feito, com as mais variadas etiquetas, diga-se o que se disser.

Mas é bom não esquecer que a China só chegou onde está, e só fará o caminho que agora traça, com uma mão de ferro que ignora liberdades e direitos fundamentais que a Europa sempre consagrou. Irão estes, como a criancinha, com a água deste enorme banho europeu? É um grande risco em que não parecemos acreditar.

(Fonte)

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