3.3.13

Ratzinger, o reformado



A Europa está no estado turbulento que conhecemos, de Itália nem vele a pena falar, mas do Vaticano chegam notícias verdadeiramente de um outro mundo sobre tudo o que rodeia a passagem do ex-papa à condição de reformado.

Parece que continuará a ser tratado por «Sua Santidade Bento XVI», mas o anel de ouro que usava, com o seu nome «e, em alto relevo, o apóstolo Pedro pescando sobre uma barca», terá de ser destruído na presença dos cardeias (porquê?...).

Enfim: vai-se o anel, ficam os dedos e os pés também. O que não fica são os belos sapatos vermelhos (que afinal não eram Prada), substituídos já por nove pares de outros, novinhos em folha e agora castanhos, fabricados no México com uma suavíssima pele de bezerro recém-nascido. Não se sabe quantas léguas terá de palmilhar para os gastar, mas adiante.

Tudo isto deve ser importantíssimo para a humanidade em geral e para Fátima Campos Ferreira em particular, mas estejamos sobretudo atentos ao facto de Ratzinger ter deixado de ser infalível no passado dia 28 de Fevereiro às 20:00 (19:00 em Lisboa). Sabe-se lá se não vai andar por aí a dizer que não acredita na Imaculada Conceição ou assim. Ou mesmo, porque não, que deixou de crer na própria infalibilidade do Papa.

(Vídeo sobre sapatos)
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