Pedro Viera (aka Irmão Lúcia) no Facebook:
combate político, regeneração e alternância democrática, diferenças ideológicas, elites e wannabes, responsáveis pelo estado do país que se digladiam, adversários vorazes, refrega pelo poder e pela imposição de alternativas, crises de regime, instabilidade, luta pelo poder, programas em confronto, e também unicórnios, fábulas, vendas nos olhos da populaça num país em que o governo balança mas não cai, em que o ps avança mas não sai de cima, em que o miguel gonçalves é embaixador das pipocas, em que o relvas faz de mexilhão agarrado à desgraça, talvez por ser determinante para a estratégia do executivo, talvez por ser amigo do peito do primeiro-ministro, talvez por ter tido passos como padrinho do primeiro casamento, talvez por relvas ser, ele próprio, padrinho de casamento de antónio josé seguro, e por isso ser normalmente poupado nas invectivas à maioria, viva a fantochada, viva o scorsese e o tudo bons rapazes, viva o encobrimento e o antagonismo de fachada, há quem diga que se devem evitar os restaurantes à roda de são bento à hora do almoço, de forma a que não nos engasguemos com as amizades e as ementas partilhadas pelos compadres que só vestem casacas de cores diferentes quando posam para as câmaras, para as televisões, galarós indignados e com o gesticular estudado de frente para os espelhos para os assessores para os conselheiros de imagem e de indecência, os pobres os indigentes os da classe média espremida os empregados de escritório as empregadas de limpeza e os milhares do call-center, todos aqueles que foram ou não universitários, tão ou mais sexys do que um iphone, os do funcionalismo público que vestem o pijama às riscas com a estrela bordada da indignidade os motoristas de autocarro os empregados de balcão as senhoras da limpeza as camareiras de hotel e os electricistas as cabeleireiras e os trolhas os das margens e os que se iludem, pensando que poderão um dia estar do lado de dentro sem sujar a consciência, vão olhando de baixo para cima quando podem desviar os olhos da vida, e já mal se revêem, este país não é para velhos, este país não é para nós, e sobretudo jamais se inscrevem, como diz o filósofo, porque lá de cima só vem o som de orquestra das ppp's, maestro é nome de cartão de crédito, se possível gold, como as melhores reformas, sinfonia das passagens de testemunho em circuito fechado, requiem pelos detentores de cargos públicos que só valem por causa do que vem a seguir, dêem-nos música mas se puderem dêem-nos pão, também, mesmo que duro e bolorento, sei lá, o que sobrar da grande sardinhada à integralismo lusitano, meio rolão preto, meio partidos do arco da governação, senhores tende piedade de nós e
secou-se-me a verve. só sei que os padrinhos, a família, são uma coisa muito bonita e que esperança está pela hora da morte.
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