Não é Coimbra mas sim a novíssima nota de 5 euros que tem mais encanto na hora da (possível) despedida. Foi a primeira coisa em que pensei quando vi aquele senhor que manda no Banco de Portugal exibi-la, feliz e contente (porquê?). Notas de euros dão arrepios a qualquer português, ou por sentirem a sua falta ou por não saberem por quanto tempo as usarão, para o bem ou para o mal.
Hoje, encontrei no Jornal de Negócios um texto com alguma graça, de João Quadros, a glosar – e gozar – o tema (*).
«Digam, olá, à menina nota. Digo menina, porque a marca de água, e o holograma, desta nova nota de cinco euros, incluem um retrato da figura mitológica grega, Europa. Que bonito. Que pena a maioria dos gregos só usar moedas; eles iam gostar de ver isto. (...)
"Toque humano" tinha a nossa antiga nota de vinte escudos, com o Santo António. Era uma nota a que se podia rezar em caso de desespero. Era dinheiro a que se podia fazer promessas para arranjar casamento. Acho muito estranho este conceito de escolher figuras mitológicas gregas para dar um toque humano. Que tal pôr um Minotauro nas notas de vinte para assustar as velhinhas que vão receber a pensão. (...)
Segundo o BdP, as restantes notas desta nova série vão ser lançadas anualmente por ordem crescente de valor. Fazendo as contas, a nota de quinhentos euros vai entrar em circulação em 2019…Noto aqui algum optimismo. Se, depois de tudo o que o que nos espera, em 2019 ainda houver um lançamento de uma nova nota de quinhentos euros, essa nota, em vez de um retrato de uma figura mitológica, devia ter um smile.»
Sorria, sim, porque talvez esteja a ser filmado.
(*) O link pode só funcionar mais tarde.
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