(Republicação)
Às 2:50 minutos do 1º de Maio de 1973, as Brigadas Revolucionárias executaram uma das suas acções mais espectaculares, da qual resultou a destruição de dois andares do Ministério das Corporações (actual Ministério do Trabalho e da Segurança Social), na Praça de Londres em Lisboa.
Explicaram mais tarde em comunicado (que pode ser lido AQUI, na íntegra): «O Ministério das Corporações é, por um lado, o instrumento mais directo dos patrões portugueses e estrangeiros, que através dele fixam as condições de trabalho do proletariado – salários, horários – enfim, exploração e repressão (…); e, por outro, um instrumento de exploração directa dos trabalhadores, através da Previdência (…) que fornece serviços de Saúde e Previdência miseráveis.»
Facto demasiado grave e espectacular para que a censura o silenciasse, foi noticiado nos meios de comunicação social e objecto de todas as conversas, num dia quem que se preparavam manifestações proibidíssimas e precedidas por largas dezenas de detenções nas semanas precedentes (Leia-se a circular da Comissão Nacional de Socorro aos Presos Políticos, de 9/5/1973.)
Durante a tarde, foram recebidos telefonemas com falsos alertas de bomba em várias grandes empresas de Lisboa. Veio a saber-se depois que se tratara também de uma iniciativa ligada às Brigadas Revolucionárias, cujo objectivo era «libertar» mais cedo os trabalhadores para que pudessem participar na manifestação.
Ao fim do dia, foi o cenário habitual, mas especialmente repressivo nesse ano, que o Avante! relatará mais tarde: «Em Lisboa, numerosos trabalhadores se concentraram na Baixa a partir das 19:30, sendo brutalmente carregados pela PSP à bastonada, soco, pontapé, do que resultaram dezenas de feridos que tiveram de receber tratamento no hospital, sendo feitas várias prisões.» (O resto pode ser lido AQUI.)
Um ano mais tarde… foi a maior festa que imaginar se possa!
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