Luis Buñuel morreu há 30 anos, em 29 de Julho de 1983. Nascido espanhol, naturalizado mexicano, foi certamente um dos realizadores mais controversos, irreverentes, e mesmo «escandalosos», do século passado.Bem jeito dava que andasse por cá para retratar este século XXI...
Desde que, com 17 anos, rumou a Madrid para frequentar a universidade, entrou em círculos ligados a cineclubes e inseriu-se em grupos onde se tornou amigo de Dalí, García Lorca e mais uns tantos. Em 1925, partiu para Paris, via três filmes por dia, iniciou actividade como crítico de cinema e aproximou-se cada vez mais dos surrealistas que o adoptaram definitivamente depois da exibição do seu primeiro filme – «O Cão Andaluz» – em 1929.
Seguiu-se «A Idade de Ouro» (1930). Cinco dias depois da estreia, grupos de extrema direita atacaram a sala onde o filme era exibido, as autoridades francesas proibiram-no e recolheram as cópias existentes. Seguiu-se meio século de censura até que reapareceu em Nova Iorque em 1980 e um ano depois em Paris.
Seguem-se etapas complicadas nos Estados Unidos, no México e de novo em França, mas recorde-se apenas um dos seus filmes mais emblemáticos, «Viridiana», absolutamente inesquecível, de 1961, que ganhou nesse ano a Palma de Ouro em Cannes, mas que, depois de ser condenado pelo Osservatore Romano que o classificou como «blasfêmia» e «sacrilégio», foi proibido pela censura em Espanha e só veio a ser exibido em 1977. (Vale a pena ler este texto de Lauro António.)
A célebre cena da Última Ceia:
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1 comments:
Para quem estiver interessado em cópia, tenho dos clássicos, completos, o Chien, El, Nazareno, Anjo exterminador e Viridiana, para além de todos os posteriores do tempo de Paris, que estão disponíveis comercialmente.
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