26.8.13

Vícios públicos, virtudes privadas



Segundo o Expresso, «o Presidente da República transmitiu as suas condolências às diferentes corporações a que pertenciam os bombeiros falecidos, sublinhando tratarem-se de mensagens pessoais, que não queria tornar públicas», aparentemente concretizadas através de telefonemas feitos por assessores.

Em contrapartida, foi em mensagem bem pública e «oficial», publicada na página da Presidência da República, que Cavaco Silva apresentou condolências à família de António Borges, em seu nome pessoal e «em nome dos Portugueses».

Duas observações:

1 – Nada há nada de mais público do que bombeiros que morrem na tentativa de salvarem vidas e bens de portugueses e que, precisamente por isso, mereceriam que o Presidente da República manifestasse o seu pesar (e agradecimento) em seu e também em nosso nome.

2 – Nem com muito esforço consigo vislumbrar qualquer motivo para a mesma pessoa apresentar condolências, EM MEU NOME, à família de um simples cidadão que morre com cancro, aos 63 anos, como tantos outros neste país. 

Cavaco Silva é indigno da função que exerce. 
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