1.11.13

Reforma do Estado – «querido, mudei-te o prédio»



«Existe um motivo para o enorme espaçamento e tamanho da letra: é para mostrar aos alemães por videoconferência. Ou isso, ou Paulo Portas não aguenta lentes de contacto e óculos, em público, nem pensar.

À primeira vista, 112 páginas parece muito para tão pouco tempo, mas com espaçamento e letra com corpo normal, a reforma do Estado deixa de ser tão africana, mirra e passa para 36 páginas. Portas nunca foi de poupar nas fotocópias. (...)

Quanto ao conteúdo, acho que aquilo não é um guião, é um livro de auto-ajuda feito por gente que só nos lixou. A reforma do Estado é o "Segredo" dos neoliberais. De certa forma, é demasiado abstracto para uma oposição concreta. (...) Deixou algumas pistas como: "os professores vão poder comprar escolas". Discretamente, lançou o "spin off" de instituições: os militares vão poder comprar submarinos! Portas parecia o vice-presidente da Apple a anunciar que, de agora em diante, só vão fazer esquentadores. Mudar assim, sem perguntar nada a quem cá mora, não me agrada muito. Uma espécie de "querido, mudei-te o prédio", sem darem cavaco ao condomínio, não me parece legal.»

João Quadros
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