«Um tigre de papel significa, na tradição chinesa, algo ameaçador mas que, na realidade, é inofensivo. O tigre celta, a Irlanda, surgiu como analogia face aos tigres asiáticos que ameaçavam tudo e todos devido ao seu potente crescimento económico baseado nas exportações. (...)
Agora, depois de também ter sido um laboratório dos cientistas da UE e do FMI, a Irlanda começou a abandonar o barco europeu. (...)
A Irlanda tem no sangue o saber dos druidas: ainda fraca, joga com a maior fraqueza da burocracia totalitária de Bruxelas e amedronta-a.
Também os portugueses têm no seu ADN a cultura celta. Só é pena que a elite política portuguesa seja incapaz de fazer das suas dores forças capazes de saber jogar com uma Europa desunida e temente daquilo que não controla ou compreende. A Irlanda não se está só a libertar do resgate. Está a abandonar o seu traje de bom aluno. Fazendo que a UE tenha medo do seu rugido.»
Fernando Sobral, no Negócios de hoje.
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