Pessimista como quase sempre, certeiro hoje como muitas vezes, Miguel Sousa Tavares na sua crónica no Expresso:
«Não guardarei nenhuma memória particular deste ano, no que a Portugal diz respeito. Na verdade, quando passo mentalmente em revista os acontecimentos nacionais do ano, não me ocorre nada que tenha sido marcante, mas apenas acontecimentos que, em termos históricos, são irrelevantes. (...) 2013 foi um ano inútil. (...)
O objectivo político da maioria governamental para a primeira metade do ano que entra é apenas o de prolongar o estado vegetativo que vivemos em 2013. Desejam que o tempo avance sem perturbações como se esses cinco meses que faltam [para Julho próximo] não servissem para nada, a não ser para ver o tempo a passar. Não há pressa nem urgência, não há nada no calendário da acção governativa, coisa alguma importante para fazer. (...)
Não vejo que 2013, ou os dois anos e meio decorridos desde a vinda da sombria troika, tenham sido de alguma forma aproveitados para começar a mudar algumas coisas. É o mesmíssimo país, cada vez mais velho e agarrado às ilusões de sempre.»
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http://pontofinalparagraf.blogspot.pt/2013/12/balanca-e-por-vezes-cai.html
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