O dia foi muito longo e estou agora em Livingston, único local na Guatemala onde permanece a cultura afro-caribenha que aqui se implantou no fim do século XVII, com escravos trazidos para outras regiões da Améria Central e que acabaram por se instalar por estas paragens.
Embora não se esteja numa ilha, não há acesso por estrada (e, aparentemente, os habitantes preferem que assim seja), o que torna esta cidade garifuna, à beira do Mar das Caraíbas, especialmente sossegada. O preço a pagar é uma viagem de uma hora numa barcaça bastante rudimentar, por um rio que se chama Dulce, mas que, esta tarde, de «doce» nada tinha e se parecia com um mar de tormentas.
Antes disso, esta manhã foi mais uma incursão pela vida dos maias, mais concretamente em Quiriguá, também Património Cultural da Humanidade e que tem uma história curiosa. Situada nas margens de um rio, foi fundada pelos reis de Cópan em 426 d.c. pela sua situação privilegiada como via fluvial de comércio, e por eles dominada até 738. Fartos desse domínio, os habitantes de Quiriguá degolaram um dos últimos reis de Cópan (julgo que o 14º) e tornaram-se independentes, política e economicamente. Nome curioso o desse rei de Cópan: «Coelho 18» (Dezóito Coelhos???)
(Vale a pna ver o vídeo.)
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