O Público divulga hoje uma longuíssima entrevista a Vítor Gaspar, com ecos em toda a comunicação social.
Confesso que o meu interesse não foi suficiente para ler a totalidade das quatro páginas que ocupa, mas há passagens imperdíveis, não tanto pelo conteúdo, mas por aquela forma a que o entrevistado nos habituou durante tanto tempo recente das nossas vidas. Falta o som e é pena, porque tudo devia ser dito e ouvido muito, muito lentamente.
Um exemplo:
«O não-cumprimento das metas originais – repito, originais – do programa minou a minha credibilidade. (...) Não houve sequer incumprimento, de um ponto de vista formal. Porque as metas iniciais do programa foram renegociadas antes do momento em que o seu incumprimento se colocaria. Isto é, no momento em que os vários números do défice foram constatados, eles estavam conformes aos limites quantitativos do programa em vigor no momento da verificação.»
Ou seja: VG não cumpriu, mas não incumpriu.
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