Estava bem longe quando li, de esguelha, que a coligação PSD/CDS queria ir às Europeias com 101 dálmatas, ou algo assim. A única possível razão que me ocorreu, para a escolha do simpático bicho como ícone, foi o facto de uma percentagem razoável desses cães nascer surda.
Mas nem só de dálmatas falou Paulo Rangel, foi também buscar passarinhos. Como Fernando Sobral recorda no Negócios (com data de ontem), «Tweet significa "pio de passarinhos". Como só pode ter poucos caracteres é realmente um pio de passarinho, bem pequeno. Ou seja, é a insignificância das ideias.»
E acrescenta: «Nem PSD, nem PS, nem CDS se preparam para discutir que modelo de País e de sociedade pretendem para Portugal. Desejam apenas piar mais alto do que os outros. (...) Um conjunto de tweets não faz um ninho, nem um modelo que desenhe um Portugal de futuro, que não tenha de ser pobre, sem igualdade de possibilidades para todos, desigual e indigente em termos de ideias e de ideais. Twittar por aí pode ser um exercício perfeito de marketing. Mas só demonstra o grau zero da política em que sobrevivemos.»
É isso. Fechemos os ouvidos como os dálmatas porque vêm aí piadores insuportavelmente barulhentos.
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