18.5.14

Final da Taça



Nunca tinha ido ao Jamor e nunca voltei depois. Mas em 22 de Junho de 1969 lá estive, como muitos milhares de pessoas, não por causa do Benfica nem do jogo, mas em solidariedade com a luta académica de Coimbra. Cartazes, 35.000 comunicados distribuídos, palavras de ordem. Pela primeira vez, o desafio não foi transmitido pela RTP, pela primeira vez, também, a taça não foi entregue pelo presidente Américo Tomás. Foi um grande dia de luta.





Hoje, há neste preciso momento futebol e apenas futebol. O país está óptimo, o Benfica é já vencedor de quase tudo (e talvez ganhe hoje), pelas terras do Rio Ave a vida é bela e escorre mel, a troika foi-se embora e o relógio do dr. Portas está a zeros. Reclamar porquê e contra quem?
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2 comments:

Luís Novaes Tito disse...

e o Presidente anda em terras da Taipa

Victor Nogueira disse...

E na sequência da posição dos jogadores do "Académica de Coimbra", secção da Associação Académica de Coimbra em greve cujo detonador aparente foi a "invertabiidade" do então Presidente da República, que depois foi o esteio da extrema direita salazarenta e de Kaulza/Casal Ribeiro contra a "renovação na continuidade" de Marcello cercado e (aparentemente) derrotado, que Spínola e o MFA ignoraram, permitindo a farsa do Carmo da passagem do poder para que este não caísse na rua (spínola e marcello venceram a 25 de novembro com a ajuda de soares carneiro amaral ps(d)cds) a Académica de Coimbra foi "proibida", transformada em "Académico de Coimbra" até ao 25 de Abril,