«Hercule Poirot, no "Crime no Expresso do Oriente", tem de descobrir quem matou um passageiro com 12 facadas quando o comboio estava parado devido a uma tempestade de neve.
Durante a investigação são colocadas pistas falsas no caminho de Poirot para mantê-lo fora de cena. Mas, entre álibis forjados, Poirot acabará por descobrir o culpado. Todos, nos últimos anos, têm tentado na Zona Euro mostrar que têm álibis. (...) [Merkel], agora, para calar as críticas sustentadas de Matteo Renzi e a nova aliança França/Itália para a flexibilização da austeridade e aposta no crescimento, veio atirar para a lama um "banco português" (o BES) para mostrar a validade da sua política trituradora.
Hercule Poirot desmontaria o álibi de Merkel. O BES é uma pista falsa para a fragilidade económico e política para os que podem aparecer como culpados. "O Crime no TGV Atenas/Lisboa" continua a ser um mistério, mas já todos sabem quem da Zona Euro e para o fogo lento em que vai queimando as suas últimas energias. Merkel acha que toda a Europa deve funcionar como a sua "mannschaft", a equipa que parece um relógio de cuco. E que as suas palavras devem ser lei, ou mesmo o pensamento único. Escusava era de inventar álibis.»
Fernando Sobral, no Negócios.
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