Passei hoje para a Côte d’Azur, a Provença já ficou para trás, mas regresso a Arles, não para falar de monumentos (e se os tem…) mas sim das pegadas de Van Gogh.
Se não existe nem uma obra do artista na cidade, foi lá que o pintor, nascido na cinzenta Holanda, se exaltou com a luz do Sul e pintou muitos dos quadros que tão bem conhecemos, desde os famosos girassóis aos ciprestes, à casa amarela onde viveu, ao célebre quarto, ao autoretrato com a ligadura depois de ter cortado a orelha após uma forte zanga com Gauguin – 185 quadros entre Fevereiro de 1888 e Maio de 1889.
Depois do corte da orelha, a população considerou-o cada vez mais louco e exigiu o seu internamento definitivo no Hotel de Deus da cidade, misto de asilo e hospital. O claustro está hoje intacto (foto no topo deste post), tal como ele o pintou. Pediu depois para ser transferido para um hospital psiquiátrico perto de Saint-Rémy-de-Provence e regressou mais tarde aos arredores de Paris.
Se não o tratou bem em vida, Arles tira hoje todo o partido possível da estadia de Van Gogh nas suas terras – estadia curta, é certo, mas extraordinariamente criativa.
Se não o tratou bem em vida, Arles tira hoje todo o partido possível da estadia de Van Gogh nas suas terras – estadia curta, é certo, mas extraordinariamente criativa.
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