Por puro acaso, foi banco onde nunca tive conta e, menos por acaso, nem qualquer outro interesse ou negócio. Mas, no início da década de 90, por motivos profissionais, participei em muitas, longas e dolorosas reuniões naquela instituição, onde se discutia a aquisição à IBM de um novo mega sistema informático que nunca chegou a ver a luz do dia.
O Crédit Agricole era então quem mais mandava (ou quase...) no domínio em questão, era frequente que alguém se deslocasse de Paris a Lisboa para as ditas longas negociações, mas, a páginas tantas, foi decidido que era eu que tinha de fazer a viagem em sentido inverso para defender uma determinada solução, numa reunião com vários intervenientes franceses. Talvez já nem me lembrasse do facto, não se desse o caso de o evento ter acontecido no último andar da Tour Montparnasse e de eu ter tido assim a possibilidade de me deslumbrar com a mais bela vista possível de Paris (melhor que a da Torre Eiffel, sim), à hora certa: pouco antes do pôr do Sol. Inesquecível, inigualável. Fico a dever esta ao dr. Salgado, que seja para desconto dos seus pecados...
«Regressa» hoje esta história quando leio que o Crédit Agricole se diz «traído» e processa a família Espírito Santo. Não posso deixar de sorrir: ainda bem que a presciência é apanágio dos deuses porque não me imagino a ter lido este título há uns 20 anos!
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