8.9.14

Memórias que regressam



Para mim, Jean Seberg ficou sempre com os 20 / 21 anos que tinha quando a vi em «Bonjour Tristesse», de Otto Preminger, mas sobretudo, sem qualquer espécie de dúvida, ao lado de Jean-Paul Belmondo no mítico «À bout de souffle», a primeira longa metragem de Jean-Luc Godard, baseada num roteiro de François Truffaut.



Um vídeo divulgado hoje no Facebook «devolveu-ma», não sei exactamente com que idade, mas provavelmente perto do fim, já que morreu pouco antes de completar 41 anos. Confesso que nem a reconheci.

O que só fiquei a saber hoje é que desde os 14 anos, ainda nos Estados Unidos, esteve ligada à defesa dos direitos dos negros e que, no fim dos anos 60, utilizou a celebridade que já tinha ao serviço de causas políticas como, por exemplo, a dos Panteras Negras. O FBI passou a controlá-la e o seu ex-marido Romain Gary atribuiu mesmo a essa perseguição e hostilidade o suicídio da actriz em Setembro de 1979.

Teria hoje 75 anos. Nunca a vimos, nem veremos, velha. 
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4 comments:

joão viegas disse...

Ola,

Isto é um post optimista que mostra que afinal de contas, um simples penteado pode mais do que a passagem dos anos...

Com efeito, o video linkado data de 1962, ou seja 2 anos apenas apos "A bout de souffle". Jean Seberg tinha então 24 anos...

Boas

Joana Lopes disse...

Eu não consegui ver a data do vídeo linkado. Onde está?
Obrigada.

joão viegas disse...

O que da quando "cliquo" é um video do INA (Institut National de l'Audiovisuel) com uma entrevista à Jean Seberg, a preto e branco, com um daqueles penteados à dona de casa americana dos anos 50. Se esperar uns segundos, a data da entrevista aparece no ecrã, em baixo à direita e é 1962.

Boas

Joana Lopes disse...

Verdade e só reparei agora! Obrigada.