«Há quem diga que Carlos Moedas foi uma figura insignificante no círculo de poder de Pedro Passos Coelho. Não foi. Ele foi determinante no círculo de influência do FMI, da UE e do BCE.
Não apenas como tradutor, mas também como instigador de medidas que iam para além da troika. Foi o químico e o físico da troika. Tornou-se um cientista de almas. Foi um pequeno Lavoisier: "Nada se cria, nada se perde, tudo se transforma". Conseguiu isso: nada criou, nada perdeu e conseguiu ajudar a transformar uma grande dívida pública numa maior, um desemprego cómodo num desemprego brutal e uns impostos fartos nuns impostos insuportáveis.
Carlos Moedas foi o Sherlock Holmes indígena. Olhando para a sociedade respondia simplesmente: "Elementar, meu caro Watson". Para Carlos Moedas tudo é elementar, porque já foi criado e está sistematizado numa folha de Excel. Por isso foi promovido para a Europa, seguindo a rota de tantos que foram premiados pelo seu excesso de competência. (...)
Como se sabe, no mundo da burocracia de Bruxelas, a maior parte dos comissários são bonecos de cera, que depois de vistos, seguirão para o museu Madame Tussaud. Carlos Moedas terá aí, um dia, o seu grande momento de glória.»
Fernando Sobral
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1 comments:
Fernando Sobral tem muitissima razão. Moedas foi o " delegado " do FMI em Lisboa. Pela sua experiência na Goldman Sachs nos EUA, ganhou uma " credibilidade " imensa; e, rezam os mentideros, que tudo isso contribuiu para se tornar o braço-direito de Passos para a Economia, o homem-sombra que manipulava e torcia pelas instruções da troika, 24 horas por dia! Salut! Niet
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